O presidente russo, Vladimir Putin, estabeleceu nesta terça-feira (21) o prazo de 2024 para 2030 como data-limite das ambiciosas metas sociais e econômicas, com as quais se comprometeu em sua reeleição ao Kremlin, entre elas a redução da pobreza
O presidente russo, Vladimir Putin, estabeleceu nesta terça-feira (21) o prazo de 2024 para 2030 como data-limite das ambiciosas metas sociais e econômicas, com as quais se comprometeu em sua reeleição ao Kremlin, entre elas a redução da pobreza.
Em 2018, após obter um novo mandato de seis anos, Putin estabeleceu metas como a redução da pobreza pela metade do que havia em 2017, aumento das aposentadorias e da expectativa de vida para 78 anos em 2024.
As últimas metas divulgadas hoje estipulam um novo prazo para 2030.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse aos jornalistas que as metas de aumentar a expectativa de vida e reduzir a pobreza foram adiadas, devido às "condições econômicas mundiais desfavoráveis que desaceleraram o desenvolvimento de todos os países, sem exceção".
As estatísticas oficiais de 2019 indicam que mais de 18 milhões de russos vivem abaixo da linha da pobreza, o que corresponde a 12,3% da população. Isso implica uma renda mensal inferior a 10.890 rublos (154 dólares).
A expectativa de vida cresceu nos últimos anos, partindo de níveis muito baixos nos anos pós-soviéticos, especialmente entre os homens. Em 2019, era de 67 anos para os homens, e de 77, para as mulheres.
Quando emitiu um decreto com as metas originais, Putin não tinha direito de estender seu mandato para além de 2024. Agora, modificou a Constituição para se permitir outros dois mandatos consecutivos até 2036.
Em seu último mandato, Putin introduziu algumas medidas impopulares para aumentar a idade de aposentadoria para o Estado desde a era soviética e para aumentar o IVA, o que afetou seu índice de aprovação.
Este ano, a Rússia viu sua economia, dependente da exportação de hidrocarbonetos, afetada pelo colapso nos preços do petróleo e pela pandemia do novo coronavírus.
Peskov admitiu que a Rússia havia perdido completamente a meta de se tornar uma das cinco principais economias do mundo, algo que Putin incluiu em seu decreto de 2018 sobre metas nacionais e tarefas estratégicas.
"As condições econômicas internacionais são altamente desfavoráveis", disse Peskov.
"Sem dúvida, é necessário um certo reajuste", concluiu.
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