Um alto funcionário norte-coreano afirmou que a condenação expressa pelo presidente americano, Joe Biden, ao lançamento de mísseis por Pyongyang constituem uma "ingerência" e uma "provocação", reportou neste sábado (noite de sexta, 26, no Brasil) a agência estatal de notícias norte-coreana, KCNA
Um alto funcionário norte-coreano afirmou que a condenação expressa pelo presidente americano, Joe Biden, ao lançamento de mísseis por Pyongyang constituem uma "ingerência" e uma "provocação", reportou neste sábado (noite de sexta, 26, no Brasil) a agência estatal de notícias norte-coreana, KCNA.
"Esse tipo de declarações por parte do presidente americano são uma ingerência evidente no nosso direito à autodefesa e uma provocação", declarou Ri Pyong Chol, que supervisionou o teste, em um comunicado, citado pela agência KCNA.
A Coreia do Norte informou que o lançamento de quinta-feira, o primeiro desde que Joe Biden chegou à Casa Branca, foi um teste de um novo "projétil tático guiado" equipado com um motor de combustível sólido.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, afirmou que esses dois dispositivos eram mísseis balísticos, um tipo de arma que a Coreia do Norte está proibida de desenvolver de acordo com várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Após o lançamento, Biden afirmou que o teste violou as resoluções da ONU e advertiu Pyongyang que "haverá uma resposta proporcional se eles optarem por uma escalada".
Em sua declaração, Ri disse que a Coreia do Norte expressou sua "profunda apreensão pelo fato de o líder dos Estados Unidos ter criticado os testes, realizados no exercício de nosso direito à legítima defesa, como uma violação das resoluções das Nações Unidas".
Além disso, o alto funcionário norte-coreano afirmou lamentar que Biden tenha mostrado sua "hostilidade profunda".
No passado, Pyongyang recorreu a testes de armas várias vezes para alimentar as tensões, na tentativa de atingir seus objetivos de longo prazo.
"Acho que o novo governo dos EUA obviamente deu um primeiro passo em falso", criticou Ri no comunicado, que a KCNA disse ter sido divulgado nesta sexta-feira.
"Se os Estados Unidos continuarem com essas declarações imprudentes sem pensar nas consequências, talvez tenham que lidar com algo que não será bom", alertou, acrescentando que a Coreia do Norte está preparada para "continuar a aumentar nossas forças armadas mais avassaladoras e capacidades militares".
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