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Quais aplicativos chineses Trump quer proibir?

A 15 dias do fim de seu mandato, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump intensificou a ofensiva contra a tecnologia chinesa, assinando um decreto contra oito aplicativos em nome da "segurança nacional"

AFP
06/01/2021 às 11:20.
Atualizado em 24/03/2022 às 00:37

A 15 dias do fim de seu mandato, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump intensificou a ofensiva contra a tecnologia chinesa, assinando um decreto contra oito aplicativos em nome da "segurança nacional".

O decreto assinado na terça-feira proíbe, dentro de 45 dias, qualquer transação com esses aplicativos, "de qualquer pessoa que dependa da jurisdição dos Estados Unidos".

Esta é uma nova ofensiva na rivalidade tecnológica com a China, cujos aplicativos inovadores agora têm ambições mundiais.

Pequim vigia de perto a internet e bloqueia os sites considerados politicamente sensíveis. Este sistema, apelidado "grande firewall" (alusão à grande muralha da China) contribuiu para o surgimento de campeões digitais chineses, na ausência de concorrentes americanos - como Google, Facebook ou Twitter - bloqueados em seu território.

Mesmo que alguns dos oito aplicativos sejam populares no exterior, outros são usados principalmente pelos chineses.

É um serviço de pagamento imprescindível na China, que substitui cada vez mais o uso de dinheiro. Esta "bolsa" eletrônica faz parte do WeChat (grupo Tencent), o e-mail mais utilizado pelos chineses.

Até nos lugares mais remotos, inclusive nos mercados para pagar pequenas quantias, os chineses usam o WeChat Pay.

As transações são feitas escaneando um código QR com o celular, e também é possível transferir dinheiro para seus contatos.

O WeChat possui 1,2 bilhão de usuários ativos. Apesar de majoritariamente chinês, o aplicativo também está disponível em quase 20 idiomas.

Assim como o WeChat, o QQ pertence ao gigante Tencent. Lançado em 1999, este aplicativo foi a primeira plataforma de e-mail de sucesso no país.

O programa se baseava em grande parte no MSN Messenger, da americana Microsoft. O QQ é, de certa forma, o ancestral do WeChat, que foi desenvolvido depois especificamente para smartphones.

O QQ, que também possui um serviço de e-mail, se adaptou desde então à era digital (videoconferências, plataforma de pagamentos QQ Wallet).

O aplicativo continua popular na China no âmbito profissional, com mais 768 milhões de usuários ativos - a maioria chineses.

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