INTERNACIONAL

Quase cem rohingyas detidos ao tentarem fugir de Mianmar

Cerca de 99 rohingyas que tentavam fugir clandestinamente de Mianmar, segundo as autoridades, foram detidos em Rangun, informou a polícia nesta quinta-feira (7)

AFP
07/01/2021 às 11:53.
Atualizado em 23/03/2022 às 23:30

Cerca de 99 rohingyas que tentavam fugir clandestinamente de Mianmar, segundo as autoridades, foram detidos em Rangun, informou a polícia nesta quinta-feira (7).

As imagens publicadas pela mídia local mostravam vários homens descalços e dezenas de mulheres, às vezes acompanhadas por crianças pequenas, sentados em frente a uma casa da capital econômica do país onde se escondiam há vários meses.

Os rohingyas foram colocados em quarentena e submetidos a testes de covid-19, segundo Kyaw Soe Aung da ONG Arakan City Cooperation Network, em um momento em que Mianmar registra dezenas de milhares de casos de coronavírus e cerca de 2.800 mortes.

"Ouvimos que eles não comiam há três dias, então enviamos alimentos e roupa", acrescentou.

A minoria muçulmana rohingya foi maltratada durante décadas em Mianmar, um país de maioria budista.

Desde agosto de 2017, cerca de 750.000 membros desta minoria se refugiaram em Bangladesh para fugir dos abusos do exército e das milícias budistas, uma tragédia pela qual o governo de Aung San Suu Kyi foi acusado de "genocídio" na Corte Internacional de Justiça, a mais alta instância judicial das Nações Unidas.

Desde o início de dezembro, Bangladesh começou a transferir centenas deles para uma ilha remota do Golfo de Bengala, uma decisão duramente criticada pelas organizações de direitos humanos.

Cerca de 600.000 rohingyas, que são negados da cidadania de Mianmar, permaneceram no estado de Rakhine, no noroeste do país, onde vivem em acampamentos em condições de apartheid, de acordo com as ONGs.

Muitos tentam fugir do país e pagam cerca de 1.500 dólares a traficantes para tentar chegar a Malásia ou Indonésia, dois países de fé muçulmana.

bur-dhc/sde/pz/mab/bc/aa

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