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Quatro anos depois, entusiasmo dos fãs de Trump na Pensilvânia é redobrado

Os apoiadores de Donald Trump que contribuíram para a vitória do republicano no estado amplamente democrata da Pensilvânia em 2016 afirmam que são "ainda mais entusiastas" do que há quatro anos, e parecem decididos a reeleger o presidente, que, segundo eles, "cumpriu todas as suas promessas"

AFP
04/09/2020 às 18:37.
Atualizado em 25/03/2022 às 08:45

Os apoiadores de Donald Trump que contribuíram para a vitória do republicano no estado amplamente democrata da Pensilvânia em 2016 afirmam que são "ainda mais entusiastas" do que há quatro anos, e parecem decididos a reeleger o presidente, que, segundo eles, "cumpriu todas as suas promessas".

Como outros eleitores do presidente, a secretária executiva Tina Bright, 55, enfrentou congestionamentos de horas para assistir ao comício de Trump no aeroporto de Latrobe, região de Pittsburgh. Ela não conseguiu se aproximar do ídolo, devido à grande quantidade de pessoas na pista, mas ficou extasiada quando o avião presidencial sobrevoou seu veículo, de onde ouviu o presidente relembrar suas conquistas e atacar o rival, o democrata Joe Biden, por 90 minutos.

Victor McGinnis, 58, tampouco perdeu a motivação que o levou a votar em Trump há quatro anos. "O que mais admiro é que ele deu prioridade aos Estados Unidos, não deixa que os outros países estejam à frente, nem as agências mundiais, como a OMS, que ficam com todo o nosso dinheiro. E olhem a pandemia em que estamos metidos!", comentou.

Os democratas que esperam que os números recorde de infectados e mortos nos Estados Unidos deixem os eleitores de Trump reticentes podem se decepcionar. Os fãs do presidente na Pensilvânia dizem estar certos de que os democratas exageram na gravidade da crise sanitária.

"Tenho parentes e amigos médicos. Tudo isso é para eliminar Trump. Sim, existe um vírus, mas ele não é tão grave quanto eles dizem", afirmou Heather Gockel, que tem um salão de beleza e estima que a eleição de Biden arruinaria as pequenas empresas.

O marido de Heather, Tony Gockel, concorda. As cifras de mortos são infladas artificialmente, afirmou, assinalando que Trump mostra "que não se deve ter medo", enquanto Biden parece temeroso e fez, desde o início da pandemia, saídas breves, diante de um número reduzido de pessoas.

Para Gockel, um ex-democrata, este não é o momento de voltar a mudar de partido. "Trump fez mais pela classe média do que os democratas, que perderam totalmente sua base e se voltaram tanto para a esquerda que chega a ser ridículo", comentou.

A base de Trump se mantém forte, como mostra o público que o aplaudiu ontem na Pensilvânia. "Somos apresentados como pessoas nocivas, más, que espalham cizânia, mas somos pacíficas, amamos Deus, queremos que este país tenha êxito. Esta é a base de Trump", afirmou Tina Bright, que disse admirar o presidente principalmente por seu combate aos cultos pedófilos, teoria da conspiração que se propagou entre os apoiadores de Trump.

Tina diz estar convencida de que, salvo se houver corrupção ou fraude no voto pelo correio, o presidente será reeleito "por ampla maioria" em 3 de novembro.

Tanto para Trump, quanto para Biden, a batalha na Pensilvânia, estado de 13 milhões de habitantes, será crucial para vencer as eleições. As pesquisas, que mostravam Biden como vencedor no estado, agora apontam uma disputa mais acirrada, e os candidatos multiplicam seus atos de campanha.

Trump e Biden irão retornar à Pensilvânia no próximo dia 11, para lembrar o 19º aniversário dos atentados de 2001.

cat/lbc/dg/lb

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