Dois tradutores etíopes que colaboram com a Agence France-Presse (AFP) e com o jornal Financial Times, um jornalista da BBC e um repórter local foram libertados nesta quarta-feira (3), após vários dias na região do Tigré (norte) - disse o tradutor Fitsum Berhane por telefone à AFP
Dois tradutores etíopes que colaboram com a Agence France-Presse (AFP) e com o jornal Financial Times, um jornalista da BBC e um repórter local foram libertados nesta quarta-feira (3), após vários dias na região do Tigré (norte) - disse o tradutor Fitsum Berhane por telefone à AFP.
"Eles nos deixaram ir hoje. Não disseram o por quê. Mas explicaram que haviam decidido nos libertar", relatou Fitsum Berhane a um jornalista da AFP em Addis Abeba.
Fitsum Berhane e Alula Akalu, tradutores que trabalham para o Financial Times, foram presos no sábado, depois de três dias de reportagem sobre o conflito no Tigré. Os outros dois detidos eram o jornalista da BBC Girmay Gebru e Temrat Yemane, um jornalista local.
As autoridades não explicaram os motivos da detenção e, até o momento, não responderam a perguntas da imprensa.
Tanto a AFP quanto o Financial Times obtiveram permissão da Autoridade de Radiodifusão Etíope e do Ministério da Paz para trabalhar na região do Tigre, onde o acesso dos veículos de comunicação foi restringido desde o início das hostilidades em novembro passado.
Fitsum Berhane disse hoje à AFP que os soldados entraram em sua casa e o acusaram de apoiar a Frente de Libertação Popular do Tigré (TPLF, na sigla em inglês).
"Disseram que sou membro da TPLF e estive ajudando o partido desde o início da guerra, dando-lhes informações", explicou.
"Mas neguei tudo, porque não sei do que estão falando", completou.
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