O rapper britânico Wretch 32 compartilhou nas redes sociais um vídeo que mostra o momento em que seu pai foi vítima de um disparo de taser, um incidente que em pleno movimento antirracismo levou o prefeito de Londres a pedir explicações "urgentes" à polícia
O rapper britânico Wretch 32 compartilhou nas redes sociais um vídeo que mostra o momento em que seu pai foi vítima de um disparo de taser, um incidente que em pleno movimento antirracismo levou o prefeito de Londres a pedir explicações "urgentes" à polícia.
"É assim que a polícia acredita que pode tratar um homem negro de 62 anos em Tottenham, mas este é meu pai", tuitou o rapper ao denunciar violência policial.
No vídeo que acompanha a mensagem, policiais entram em uma casa e um homem, Millard Scott, cai da escada, enquanto uma mulher grita, denunciando o uso de uma pistola elétrica paralisante.
O rapper, de 35 anos, cujo nome real é Jermaine Scott, denunciou ao canal ITV que "nada mudou" desde que ele era criança e seu pai e seu tio "lutavam contra a violência policial".
Em plena onda de indignação após a morte do afro-americano George Floyd nos Estados Unidos por um policial branco, o predeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, considerou "absolutamente essencial que a polícia mantenha a confiança da população a que serve".
E escreveu no Twitter que pediu à polícia uma "explicação urgente para o incidente impactante".
Em um comunicado, a polícia explicou que a operação na residência, em 21 de abril, aconteceu como parte de uma operação para combater o tráfico de drogas.
"Quando os agentes entraram no local, um homem desceu e começou a caminhar em direção a um agente. Ele recebeu a ordem para ficar onde estava, mas continuou avançando em direção aos agentes que, após várias advertências, utilizaram uma pistola paralisante", afirma a nota.
O homem não foi detido. Ele foi examinado por socorristas no local, mas não precisou de mais atendimento médico, segundo a polícia.
A cena, filmada pela câmera de um policial, foi revisada pela Polícia Metropolitana de Londres, que informou não ter identificado nenhuma falha.
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