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Regulador europeu tenta lidar com preocupação sobre vacina anticovid da AstraZeneca

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) defendeu nesta quinta-feira (11) a continuidade da administração da vacina da AstraZeneca contra o coronavírus, depois que vários países da região suspenderam seu uso após o aparecimento de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas com o imunizante

AFP
11/03/2021 às 16:22.
Atualizado em 22/03/2022 às 09:18

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) defendeu nesta quinta-feira (11) a continuidade da administração da vacina da AstraZeneca contra o coronavírus, depois que vários países da região suspenderam seu uso após o aparecimento de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas com o imunizante.

"Os benefícios continuam a superar os riscos e a vacina pode continuar a ser administrada", disse a EMA, enquanto os casos suspeitos de coágulos que causam trombose são investigados.

Pouco antes, Dinamarca, Islândia e Noruega suspenderam o uso da vacina desenvolvida pelo laboratório anglo-sueco e pela Universidade de Oxford como "precaução", apenas um ano após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a covid-19 pandêmica.

A autoridade de saúde dinamarquesa disse ter "relatos de casos graves de coágulos sanguíneos" em pessoas vacinadas, mas disse que não podia confirmar uma relação causal por enquanto.

De acordo com a EMA, apenas 22 casos de trombose foram notificados até terça-feira entre os três milhões de vacinados na União Europeia (UE), assim como na Noruega e na Islândia, que participam da estratégia comum de vacinação.

Na segunda-feira, a Áustria anunciou ter interrompido a administração de um lote de imunizantes produzidos pelo laboratório anglo-sueco após a morte de uma enfermeira de 49 anos que sofreu "graves problemas de coagulação", poucos dias depois ser vacinada.

Outros quatro países europeus - Estônia, Lituânia, Letônia e Luxemburgo - suspenderam imediatamente a vacinação com doses desse lote, que foi entregue a 17 países e incluía um milhão de vacinas.

A Itália, que não recebeu vacinas deste lote, também suspendeu a aplicação da AstraZeneca nesta quinta-feira como medida de precaução.

A França informou que continuará usando o imunizante anunciando que "não há nenhuma razão" para suspender seu uso.

Em uma investigação preliminar, a EMA afirmou que não existe relação entre a vacina da AstraZeneca e a morte na Áustria.

Como na primeira polêmica na Europa sobre sua eficácia em pessoas com mais de 65 anos, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson veio em socorro do laboratório e garantiu que a vacina é "segura" e "eficaz", segundo seu porta-voz.

A nova polêmica vem no mesmo dia em que a EMA aprovou o injetável em dose única da Johnson & Johnson, o quarto depois dos da Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca, que exigem duas injeções.

A respeito da vacina da Pfizer/BionTech, um estudo em condições reais desenvolvido em Israel e publicado nesta quinta-feira afirma que o fármaco tem eficácia de 97% contra casos sintomáticos e formas graves da doença.

A implantação da vacinação é um grande desafio diante de um vírus que matou mais de 2,6 milhões e infectou quase 118 milhões, de acordo com uma contagem da AFP.

País mais afetado do mundo, com mais de meio milhão de mortos, os Estados Unidos aceleram a vacinação e espera receber as doses necessárias para vacinar todos os adultos americanos antes do final de maio.

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