Os cidadãos de Hong Kong que tiverem um "passaporte britânico de ultramar" poderão solicitar vistos para morar e trabalhar no Reino Unido a partir de domingo, informou o governo britânico, que havia prometido esta medida no âmbito de seu enfrentamento com Pequim pelas liberdades nesta ex-colônia britânica
Os cidadãos de Hong Kong que tiverem um "passaporte britânico de ultramar" poderão solicitar vistos para morar e trabalhar no Reino Unido a partir de domingo, informou o governo britânico, que havia prometido esta medida no âmbito de seu enfrentamento com Pequim pelas liberdades nesta ex-colônia britânica.
Até agora, os moradores do território que Londres retrocedeu à China em 1997 só podiam visitar o Reino Unido durante seis meses, sem autorização para trabalhar.
Mas com estes vistos, poderão permanecer por cinco anos e pedir a cidadania britânica depois.
"Estou muito orgulhosa de que tenhamos aberto esta nova via para que os cidadãos de Hong Kong morem, trabalhem e se estabeleçam no nosso país", disse o premier britânico, Boris Johnson, em um comunicado.
Esta ampliação "honra nossos profundos laços históricos e amistosos com o povo de Hong Kong", acrescentou o dirigente, que se vangloria de "defender", assim, "a liberdade e a autonomia, valores com os quais o Reino Unido e Hong Kong estão comprometidos".
O governo britânico havia prometido esta mudança em julho de 2020, em resposta à imposição pela China de uma nova Lei de Segurança Nacional em Hong Kong, considerada "uma clara e grave violação" das condições da retrocessão, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab.
Os titulares de "passaportes britânicos de ultramar" e os "membros da família que reunirem os requisitos" poderão solicitar a partir de domingo um visto de cinco anos por 250 libras (340 dólares).
No entanto, cada pessoa, seja adulto ou menor, terá que pagar entre 3.120 e 2.350 libras para se beneficiar da saúde pública britânica.
Há 350.000 titulares do "passaporte britânico de ultramar", cifra que quase dobrou em Hong Kong há um ano e meio. Outros 2,9 milhões de habitantes de Hong Kong, todos nascidos antes de 1997, podem optar por este documento.
Londres estima que o novo sistema poderá atrair até 322.400 deles em cinco anos.
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