Projeto Ecofeminismo

Renascer: último passo na comunidade

Projeto sobre saúde menstrual e sustentabilidade terá exibição de minidocumentário

Da Redação
27/07/2022 às 08:40.
Atualizado em 27/07/2022 às 08:42
Comunidade Renascer, na Zona Sul, em Piracicaba (Mateus Medeiros)

Comunidade Renascer, na Zona Sul, em Piracicaba (Mateus Medeiros)

Para explanar o trabalho realizado na Comunidade Renascer, em Piracicaba, um novo ato será demonstrado às moradoras do local sobre a pauta desenvolvida naquela comunidade a respeito da importância do combate à pobreza menstrual na transição para cidades sustentáveis. Desta feita, coordenadoras e voluntárias exibirão um minidocumentário contendo os passos dados e depoimentos das envolvidas na ação social.

O projeto Ecofeminismo, Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, tem a coordenação da professora Odaleia Telles Marcondes Machado Queiroz, do departamento de Economia, Administração e Sociologia, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), e está contemplado no Edital 02/2021 de Inclusão Social e Diversidade na USP e em Municípios de seus campi, no âmbito da Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária (Prceu).

No minidocumentário especialmente preparado para exibição no próximo sábado, 30 de julho, às 15h30, constam depoimentos da coordenadora, universitárias e participantes do projeto. Para a coordenadora Odaleia, este é um projeto de empreendedorismo. "Trata-se de uma iniciativa da ONU que repercutiu entre nós dentro dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da agenda 2030. Priorizamos bairros periféricos da cidade, selecionamos um grupo de mulheres para trabalhar conosco e temos desenvolvido tudo isso na comunidade Renascer, no Jardim Nova Iguaçu, que é uma área periférica de ocupação com diversas carências".

A partir de ação educativa e multidisciplinar, as universitárias abordam temas como insustentabilidade dos absorventes descartáveis, tecnologias menstruais, educação sexual, ervas medicinais e a saúde da mulher. Além de oferecer oficinas e cartilhas sobre orientação sexual, o projeto disponibiliza coletores e discos menstruais e absorventes de pano.

De acordo com a educadora menstrual, Dara de Souza Amorin, a menstruação gera um grande problema de resíduo, pois a mulheres sem acesso a conhecimento e tecnologias sustentáveis, acabam gerando impacto ambiental. "É aí que o ecofeminismo se manifesta nessa relação menstrual, quando a mulher tem acesso às tecnologias sustentáveis e pode lidar melhor com sua própria menstruação e deixar de gerar impacto no planeta". 

Para a educadora menstrual, o ecofeminismo diz respeito a relacionar a luta de defender o planeta e a luta de defender a mulher. "Quando a gente oprime a terra, a gente oprime a mulher. Quando a gente oprime a mulher, a gente oprime a terra", conclui Dara.

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