INTERNACIONAL

Rússia disposta a favorecer diálogo por tensões no Mediterrâneo oriental

A Rússia está disposta a promover o diálogo para reduzir as tensões no Mediterrâneo oriental a respeito das fronteiras marítimas e recursos energéticos, disse o chefe da diplomacia, Serguei Lavrov, durante uma visita a Chipre

AFP
08/09/2020 às 12:06.
Atualizado em 25/03/2022 às 02:00

A Rússia está disposta a promover o diálogo para reduzir as tensões no Mediterrâneo oriental a respeito das fronteiras marítimas e recursos energéticos, disse o chefe da diplomacia, Serguei Lavrov, durante uma visita a Chipre.

Agressões verbais, manobras militares e envios de navios para a área, vários países da região, em particular Grécia e Turquia, disputam a delimitação de suas fronteiras marítimas e depósitos de hidrocarbonetos.

A Turquia não reconhece a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Chipre, membro da União Europeia (UE), e realiza suas próprias prospecções.

Grécia e Chipre, apoiados pela França, acusam a Turquia de violar o direito marítimo internacional.

Ancara acredita, por sua vez, ter direitos sobre sua "plataforma continental".

O presidente francês Emmanuel Macron presidirá uma cúpula de sete países do sul da UE na quinta-feira na Córsega, o fórum Med-7, onde essas tensões serão abordadas.

Por sua vez, em Nicósia, onde se encontra por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento das relações bilaterais entre Rússia e Chipre, Lavrov criticou a atitude dos EUA nesse assunto matéria.

Washington, um ator "externo" à região, "tenta provocar divisões e contribuir para os conflitos ao invés de soluções pacíficas", afirmou.

De acordo com a imprensa, a embaixadora dos Estados Unidos em Nicósia, Judith Garber, pediu às autoridades da ilha que fechassem seus portos aos navios militares russos, que param ali para fornecer suprimentos e permitir o descanso das tripulações.

No entanto, em uma entrevista à AFP na sexta-feira, o presidente de Chipre, Nicos Anastasiades, rejeitou a ideia.

Chipre, como um país pequeno, deve manter "excelentes relações com todos os membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse o presidente cipriota.

Esses navios "são bem-vindos, desde que não usem nossos portos para atacar nossos vizinhos", disse ele.

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