INTERNACIONAL

São Paulo anuncia vacinação em janeiro, com imunizante que ainda está em estudo

O estado de São Paulo pretende iniciar a vacinação contra a covid-19 no dia 25 de janeiro com a vacina CoronaVac, que ainda não obteve aprovação porque está em sua última fase de estudos, informou o governador João Doria nesta segunda-feira (7)

AFP
07/12/2020 às 17:41.
Atualizado em 24/03/2022 às 03:25

O estado de São Paulo pretende iniciar a vacinação contra a covid-19 no dia 25 de janeiro com a vacina CoronaVac, que ainda não obteve aprovação porque está em sua última fase de estudos, informou o governador João Doria nesta segunda-feira (7).

Os primeiros beneficiários serão os profissionais da saúde, pessoas com mais de 60 anos, indígenas e quilombolas, comunidades de descendentes de escravos, anunciou Doria em entrevista coletiva.

A seleção foi feita "levando em consideração a incidência de óbitos de coronavírus no estado de São Paulo", acrescentou, apresentando um esquema de vacinação de cinco fases.

Está prevista a instalação de 5.200 pontos de vacinação neste estado de 46,2 milhões de habitantes, mais de um quinto da população do Brasil.

O Brasil é o segundo país com mais mortes por coronavírus no mundo, atrás dos Estados Unidos. Até domingo, eram 176.941 mortes, quase um quarto delas (43.015) registradas em São Paulo.

Apesar de todas essas previsões, a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em conjunto com o Instituto Butantan, ainda não solicitou a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Sinovac tem um acordo com o Butantan, ligado ao governo de São Paulo e principal produtor de vacinas no país, que permitiu à CoronaVac chegar ao Brasil para sua terceira fase de testes.

O estado adquiriu 6 milhões de doses que devem chegar ao final do mês, além de insumos para produzir localmente outras 40 milhões de doses.

São necessárias duas doses por pessoa.

O imunizante tem sido alvo de uma guerra política entre Doria e o presidente Jair Bolsonaro, que minimizou a gravidade da pandemia e desqualificou a vacina trazida ao país pelo governador, ex-aliado e agora possível adversário para as eleições presidenciais de 2022.

O governo federal, por sua vez, assinou um acordo com a Astrazenca/Universidade de Oxford para a obtenção de 100 milhões de doses de sua vacina, além de se inscrever na iniciativa internacional Covax Facility, que pode viabilizar mais 42 milhões de doses.

Brasília espera iniciar seu próprio plano de vacinação em março, que não inclui o imunizante CoronaVac.

Além da AstraZeneca/Oxford e Sinovac, outros dois laboratórios trouxeram seus imunizantes ao Brasil para testes.

Nenhum fabricante até agora solicitou o uso emergencial ou a aprovação de sua vacina no país, informou a Anvisa na semana passada.

pr/js/bn/mvv

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por