Parto empelicado

Santa Casa registra caso raro em gestação gemelar

A mãe, Alessandra França Leite, levou a gestação gemelar até 37 semanas e, seguindo a médica Giuliana ela foi uma gestante exemplar.

Da Redação
11/05/2023 às 06:56.
Atualizado em 11/05/2023 às 06:56

Os bebês Valentina e Benjamin nasceram na Santa Casa, ele estava empelicado (Divulgação)

A Santa Casa de Piracicaba registrou na terça-feira, 2 de maio, o nascimento de um bebê empelicado, considerado raro no mundo da obstetrícia, segundo os especialistas. A gestação gemelar, de um casal, teve o parto realizado pela obstetra Giuliana Mazziero Vitti (CRM 108.554) e auxiliado pela obstetra Milena Goes (CRM 141.626).

Dos bebês, Valentina e Benjamin, ele estava empelicado e seu nascimento foi registrado pelas profissionais. O bebê que nasce nesta condição fica envolto pela bolsa amniótica que o protege e o ajuda na alimentação e desenvolvimento durante a gestação.

De acordo com a médica Giuliana, situações como esta são incomuns, uma vez que o saco gestacional estoura quando o bebê está prestes a nascer. Estima-se que 1 em cada 80.000 bebês nasçam empelicado. “É procedimento de praxe o rompimento dessa bolsa devido à pressão que acontece no momento do nascimento, até mesmo nos procedimentos como a cesárea”, explica.

Segundo ela, Valentina nasceu primeiro, e assim que ela foi retirada da barriga da mãe, as médicas perceberam que Benjamin estava vindo ainda empelicado. “Para o profissional da obstetrícia esse feito é muito comemorado. Ele chegou ao mundo ainda protegido pela bolsa e nós a rompemos já fora do útero. É maravilhoso presenciar a vida ainda dentro da bolsa amniótica”, salienta.

A mãe, Alessandra França Leite, levou a gestação gemelar até 37 semanas e, seguindo Giuliana ela foi uma gestante exemplar. “Ela teve uma gravidez tranquila, seguiu todas as orientações, pois mesmo adquirindo diabetes gestacional conseguiu manter o controle apenas com as orientações que recebeu. São em casos assim que comprovamos e reforçamos a importância do pré-natal. Ela foi acompanhada desde o início por mim aqui na maternidade da Santa Casa”, salientou.

Para a mamãe Alessandra a comemoração é em dose dupla: pelos gêmeos e pelo fato de eles não precisarem ficar na UTI Neonatal: “fiz todo o acompanhamento e segui todas as orientações da médica, eles nasceram com 37 semanas e puderam ficar aqui no quarto comigo. Além de não precisarem da assistência intensiva na neonatal um dos meus filhos ainda chega ao mundo na forma empelicada. Estou muito feliz”, comemorou.

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