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Seis estados dos EUA votam em primárias-chave para duelo Biden-Sanders

Eleitores em Michigan e em outros cinco estados americanos votam nesta terça-feira (10) nas primárias democratas, mais uma etapa na corrida eleitoral para escolher quem enfrentará o presidente Donald Trump nas urnas em novembro, na qual o favorito Joe Biden espera obter uma vantagem decisiva em relação ao seu maior concorrente, Bernie Sanders

AFP
10/03/2020 às 18:06.
Atualizado em 07/04/2022 às 08:37

Eleitores em Michigan e em outros cinco estados americanos votam nesta terça-feira (10) nas primárias democratas, mais uma etapa na corrida eleitoral para escolher quem enfrentará o presidente Donald Trump nas urnas em novembro, na qual o favorito Joe Biden espera obter uma vantagem decisiva em relação ao seu maior concorrente, Bernie Sanders.

Após o seu espetacular desempenho nas urnas nos últimos dez dias, uma avalanche de apoios de antigos rivais e pesquisas que mostraram resultados altamente favoráveis, Biden, de 77 anos, ex-vice-presidente de Barack Obama, enfrentará o primeiro duelo com o senador de Vermont, de 78 anos.

Biden defende uma plataforma tradicional democrata com reformas legislativas de centro, enquanto Sanders, que se define como um "socialista democrata", é defensor de uma "revolução".

Com maior número de delegados e o disputado status de "swing state" (estado pendular, ou independente, aquele sem um perfil eleitoral definido), Michigan é a cereja do bolo nesta terça.

É um estado que escolheu Trump nas últimas eleições e onde Sanders venceu Hillary Clinton nas internas democratas daquele ano. É o grande prêmio da jornada por outorgar o maior número de delegados à convenção nacional democrata que definirá o candidato em julho.

Idaho, Mississippi, Missouri, North Dakota e o estado de Washington também votam hoje, com um total de 352 delegados em jogo dos 1.991 necessários para vencer a candidatura.

O incidente envolvendo Biden, muito compartilhado nas redes sociais pelos partidários de Trump, ocorreu enquanto os eleitores compareciam às urnas.

Biden estava em uma fábrica da Fiat Chrysler em Michigan, onde foi bem recebido, mas foi confrontado por um dos funcionários. Ele o acusou de tentar restringir o direito constitucional para o porte de armas de fogo.

"É um mentiroso de merda", respondeu o candidato. "Apoio a Segunda Emenda", lhe disse antes de responder, visualmente irritado e com uma voz forte: "Não vou tirar a sua arma".

"Deixe-me respirar, homem", finalizou.

As primárias democratas nos Estados Unidos estão sendo, como em grande parte do mundo, atingidas pela epidemia do novo coronavírus que já infectou quase 800 pessoas em todo o país e deixou 27 mortos.

O estado de Washington, que sofreu a pior parte dessa crise, realiza as votações somente por correio. Nos demais, os Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças assessoraram na limpeza das urnas e com outras medidas de precaução.

Fora de Washington, apenas Missouri tinha confirmado um caso de coronavírus na terça, segundo a Universidade Johns Hopkins.

Em Detroit, a principal cidade de Michigan, alguns enfrentaram o frio e a chuva para votar.

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