Plano era criar um porto com uma hidrovia dentro de Piracicaba; perda é de R$ 50 mil/ano
De acordo com o Semae, o Consórcio Intermunicipal não está na região geográfica do Município de Piracicaba (Divulgação)
Somente agora parece que o governo municipal resolveu dar fim a um projeto que faz o menor sentido para a cidade, mas que drenou, nos últimas duas décadas, cerca de R$ 50 mil por ano dos cobres públicos. Trata-se da Lei nº 3.875/94, que autoriza o Poder Executivo a integrar Consórcio Intermunicipal, visando o desenvolvimento da área de influência da Hidrovia Tietê-Paraná.
"Análise técnica e informações prestadas pelo Serviço Municipal de Água e Esgoto de Piracicaba (Semae) apontam que dentro dos 30 anos de existência do Consórcio as ações efetivadas não justificam manter o aporte anual em recursos municipais de quase R$ 50 mil", afirma a justificativa assinada pelo prefeito Luciano Almeida.
De acordo com o Semae, o Consórcio Intermunicipal não está na região geográfica do Município de Piracicaba. "A Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Município de Piracicaba é Piracicaba - Capivari - Jundiaí (PCJ)". Mesmo assim, o município manteve sua adesão ao consórcio com a intenção de criar um porto com uma hidrovia dentro de Piracicaba.
"Com a não execução do porto, os projetos do Consórcio passaram a não atender às necessidades do município", explica a nota técnica do Semae. Como a lei de adesão do município é de 1994, são exatos 28 anos de investimento de um valor sem o menor retorno.
O Semae se tornou responsável pela parceria em 2000. Nem mesmo a autarquia sabe o quanto de recurso público foi desperdiçado até o momento, porque o valor foi sendo reajustado ao longo dos anos até se chegar aos atuais R$ 50 mil por ano.