Os separatistas do sul do Iêmen anunciaram nesta quarta-feira a suspensão de sua participação nas discussões sobre uma divisão do poder com o governo, um novo revés para o frágil processo de paz no país devastado por cinco anos de conflito
Os separatistas do sul do Iêmen anunciaram nesta quarta-feira a suspensão de sua participação nas discussões sobre uma divisão do poder com o governo, um novo revés para o frágil processo de paz no país devastado por cinco anos de conflito.
O Conselho de Transição do Sul (STC, na sigla em inglês) afirma em um comunicado que informou as autoridades sauditas sobre "a suspensão de sua participação nas consultas em curso para a aplicação do acordo" de Riad.
O acordo, anunciado no fim do ano passado, busca aproximar o STC e o governo, que mantêm um vínculo complexo, embora ambos lutem contra os rebeldes huthis no Iêmen.
O STC alegou várias razões para justificar a suspensão das conversações com o governo, incluindo uma "escalada militar (do governo contra suas forças) na província de Abyan e a paralisação dos serviços públicos" no sul.
O conflito no Iêmen envolve as forças do governo, apoiadas por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, e os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã e que assumiram o controle de grande parte do norte do país, incluindo a capital, Sanaa, em 2014.
O conflito provocou dezenas de milhares de vítimas, em sua maioria civis, e resultou na crise humanitária mais grave do mundo, de acordo com a ONU.
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