INTERNACIONAL

Sinais de esperança na Espanha na luta contra coronavírus; Boris Johnson hospitalizado

A Espanha voltou a dar sinais de progresso nesta segunda-feira (6) em sua batalha contra o coronavírus, que, no entanto, ameaça uma propagação ainda mais devastadora esta semana nos Estados Unidos e em outros países como o Japão, e que levou ao hospital o primeiro-ministro britânico Boris Johnson

AFP
06/04/2020 às 10:07.
Atualizado em 31/03/2022 às 04:37

A Espanha voltou a dar sinais de progresso nesta segunda-feira (6) em sua batalha contra o coronavírus, que, no entanto, ameaça uma propagação ainda mais devastadora esta semana nos Estados Unidos e em outros países como o Japão, e que levou ao hospital o primeiro-ministro britânico Boris Johnson.

Com quase metade da Humanidade confinada em suas casas, a COVID-19 já infectou mais de 1,2 milhão de pessoas em 190 países e matou mais de 70.000, sendo mais de 50.000 na Europa, segundo um balanço da AFP.

Apesar dos números chocantes, há boas notícias na Europa: Itália, Espanha e França registram uma redução do número diário de mortos.

A Espanha, segundo país do mundo mais afetado pela pandemia depois da Itália, anunciou nesta segunda-feira 637 mortos, o quarto dia consecutivo de queda e o menor número em 13 dias, o que deixa o total de vítimas fatais em 13.055, entre as 135.032 pessoas contaminadas.

"A pressão está diminuindo", disse a médica María José Sierra, do Centro Espanhol de Emergências Sanitárias, ao destacar que que "há uma certa queda" no número de casos hospitalizados e de pessoas internadas nas UTIs.

A Itália, com 15.877 mortes e quase 129.000 contágios, também registra um certo alívio. O número de óbitos no domingo foi de 525, o menor balanço diário desde 19 de março.

"A curva começou sua queda e o número de mortes começou a cair", disse Silvio Brusaferro, alto funcionário do ministério da Saúde, para quem a próxima fase pode ser uma flexibilização "gradual" do rígido confinamento aplicado no país há um mês.

Na França, o balanço diário foi de 357 mortes no domingo, o menor número em uma semana no país que supera 8.000 vítimas fatais.

Estimuladas pelas notícias, as Bolsas europeias iniciaram a semana com altas de entre 2,5% e 4%. Tóquio fechou a segunda-feira com um avanço de 4,2%.

Em outros países, porém, a epidemia segue em propagação. No Japão, que registra 3.650 casos e 73 mortes, o primeiro-ministro Shinzo Abe propôs nesta segunda-feira declarar estado de emergência após a aceleração do vírus, principalmente em Tóquio.

"Esperamos declarar o estado de emergência a partir de amanhã (terça-feira, 7) depois de ouvir a opinião do painel de especialistas", disse Abe à imprensa, antes de informar que o governo deve apresentar um pacote de 108 trilhões de ienes para auxiliar a terceira maior economia do planeta.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, de 55 anos, foi internado em um hospital no domingo à noite para fazer exames. Ele foi diagnosticado há 10 dias com o coronavírus, mas continua no comando do governo, afirmou à BBC Robert Jenrick, ministro da Habitação e Comunidades.

No domingo, em sua quarta mensagem à nação em 68 anos de reinado, a rainha Elizabeth II pediu aos britânicos que resistam unidos à pandemia, que já matou quase 5.000 pessoas no país.

Enquanto a curva começa a ser achatada na Europa, os Estados Unidos registram uma expansão vertiginosa da pandemia, com quase 10.000 mortos e o recorde de 377.000 contagiados.

"Esta vai ser a semana mais dura e triste na vida da maioria dos americanos, sinceramente (...) Este vai ser o nosso momento Pearl Harbor, nosso momento 11 de setembro", afirmou o administrador da Saúde Pública nos Estados Unidos, Jerome Adams, ao canal Fox News.

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