A Síria rejeitou, nesta quarta-feira (14), o relatório da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), que estabeleceu que sua Força Aérea utilizou armas químicas durante um ataque na cidade de Saraqib em 2018
A Síria rejeitou, nesta quarta-feira (14), o relatório da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), que estabeleceu que sua Força Aérea utilizou armas químicas durante um ataque na cidade de Saraqib em 2018.
A Síria "condena nos termos mais fortes (...) o relatório (...) e nega categoricamente o uso de gás tóxico na cidade de Saraqib ou em qualquer outra cidade ou povo sírio", disse o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias Sana.
Na segunda-feira, a OPAQ, com sede em Haia, anunciou que uma investigação concluiu que unidades da Força Aérea síria usaram cloro em 4 de fevereiro de 2018 em Saraqib, uma cidade 50 km ao sul de Aleppo, que era então controlada pela oposição.
O relatório "da chamada "equipe de identificação e investigação" sobre o suposto incidente de Saraqib (...) contém conclusões falsas e infundadas", acrescentou a diplomacia síria.
É "mais um escândalo da OPAQ e das suas equipes de investigação, que se junta ao do falso relatório (...) sobre o incidente de Duma", acrescentou o ministério, referindo-se ao relatório publicado em março de 2019 segundo o qual houve um ataque com cloro em abril de 2018 naquela cidade, que causou dezenas de mortes.
O governo sírio sempre negou qualquer envolvimento em ataques químicos e afirma ter colocado todos os seus estoques dessas armas sob supervisão internacional, nos termos de um acordo concluído em 2013.
Na segunda-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, disse "condenar firmemente o uso de armas químicas".
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