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Socorristas lutam para encontrar sobreviventes após ruptura de geleira na Índia

As operações de resgate continuavam na noite desta terça-feira (9) para tentar salvar 34 pessoas presas em um túnel na Índia, após uma inundação devastadora, atribuída à ruptura de uma geleira do Himalaia, que deixou pelo menos 32 mortos e mais de 170 desaparecidos

AFP
09/02/2021 às 21:22.
Atualizado em 23/03/2022 às 18:44

As operações de resgate continuavam na noite desta terça-feira (9) para tentar salvar 34 pessoas presas em um túnel na Índia, após uma inundação devastadora, atribuída à ruptura de uma geleira do Himalaia, que deixou pelo menos 32 mortos e mais de 170 desaparecidos.

"É uma corrida contra o tempo. Esperamos que eles sobrevivam, mas até agora não fizemos nenhum contato", disse Vivek Sahai, um socorrista do exército.

Dois dias após a catástrofe, que destruiu pontes, rodovias e duas usinas hidrelétricas, a busca por sobreviventes seguia a todo vapor neste vale do estado de Uttarakhan, localizado na fronteira indo-tibetana.

Pontes, rodovias e duas usinas hidrelétricas foram destruídas.

A ruptura de uma geleira do Himalaia devido ao aquecimento global é uma das hipóteses para explicar a tragédia, junto com a construção de barragens e a dragagem do leito dos rios para extração de areia destinada à construção civil.

As equipes de resgate são auxiliadas por helicópteros, equipados com câmeras de alta tecnologia, e cães farejadores.

A maioria dos desaparecidos trabalhava nas usinas em Tapovan, sendo que 34 continuavam presos nesta terça-feira em um túnel em U de 2,7 km de comprimento, agora cheio de lama e escombros arrastados pela inundação de 20 metros de altura.

Doze pessoas foram resgatadas no final do túnel no domingo, mas as demais ficaram presas na outra extremidade, disse Banudutt Nair, o policial responsável pela operação de resgate.

Centenas de trabalhadores lutaram para limpar o acesso ao túnel durante a noite. Eles conseguiram remover entulho ao longo de 120 metros.

"O trabalho vai durar dia e noite. Não haverá pausa", prometeu o responsável local de pontes e estradas, AS Rathod.

Os socorristas mantinham a esperança de que bolsões de ar tenham se formado dentro do túnel, onde os trabalhadores poderiam se refugiar e permanecer vivos.

Uma enorme escavadeira tentava abrir acesso através da lama, enquanto as equipes inspecionavam todo o local em busca de sobreviventes ou corpos.

Na mesma área, trabalhadores, com a ajuda de outra escavadeira, tentavam remover as rochas que bloqueavam o acesso à usina hidrelétrica de Rishi Ganga. Completamente destruída, o que resta é um terreno baldio coberto de lama. Perto do local, uma ponte de concreto foi totalmente destruída.

Em uma cidade próxima, quatro corpos foram encontrados, incluindo os de um policial.

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