As operações de resgate continuavam na noite desta terça-feira (9) para tentar salvar 34 pessoas presas em um túnel na Índia, após uma inundação devastadora, atribuída à ruptura de uma geleira do Himalaia, que deixou pelo menos 32 mortos e mais de 170 desaparecidos
As operações de resgate continuavam na noite desta terça-feira (9) para tentar salvar 34 pessoas presas em um túnel na Índia, após uma inundação devastadora, atribuída à ruptura de uma geleira do Himalaia, que deixou pelo menos 32 mortos e mais de 170 desaparecidos.
"É uma corrida contra o tempo. Esperamos que eles sobrevivam, mas até agora não fizemos nenhum contato", disse Vivek Sahai, um socorrista do exército.
Dois dias após a catástrofe, que destruiu pontes, rodovias e duas usinas hidrelétricas, a busca por sobreviventes seguia a todo vapor neste vale do estado de Uttarakhan, localizado na fronteira indo-tibetana.
Pontes, rodovias e duas usinas hidrelétricas foram destruídas.
A ruptura de uma geleira do Himalaia devido ao aquecimento global é uma das hipóteses para explicar a tragédia, junto com a construção de barragens e a dragagem do leito dos rios para extração de areia destinada à construção civil.
As equipes de resgate são auxiliadas por helicópteros, equipados com câmeras de alta tecnologia, e cães farejadores.
A maioria dos desaparecidos trabalhava nas usinas em Tapovan, sendo que 34 continuavam presos nesta terça-feira em um túnel em U de 2,7 km de comprimento, agora cheio de lama e escombros arrastados pela inundação de 20 metros de altura.
Doze pessoas foram resgatadas no final do túnel no domingo, mas as demais ficaram presas na outra extremidade, disse Banudutt Nair, o policial responsável pela operação de resgate.
Centenas de trabalhadores lutaram para limpar o acesso ao túnel durante a noite. Eles conseguiram remover entulho ao longo de 120 metros.
"O trabalho vai durar dia e noite. Não haverá pausa", prometeu o responsável local de pontes e estradas, AS Rathod.
Os socorristas mantinham a esperança de que bolsões de ar tenham se formado dentro do túnel, onde os trabalhadores poderiam se refugiar e permanecer vivos.
Uma enorme escavadeira tentava abrir acesso através da lama, enquanto as equipes inspecionavam todo o local em busca de sobreviventes ou corpos.
Na mesma área, trabalhadores, com a ajuda de outra escavadeira, tentavam remover as rochas que bloqueavam o acesso à usina hidrelétrica de Rishi Ganga. Completamente destruída, o que resta é um terreno baldio coberto de lama. Perto do local, uma ponte de concreto foi totalmente destruída.
Em uma cidade próxima, quatro corpos foram encontrados, incluindo os de um policial.