INTERNACIONAL

Sonda lunar chinesa retorna para a Terra

A sonda chinesa Chang"e 5 deixou a superfície da Lua nesta quinta-feira (3) rumo à Terra - conforme imagens divulgadas pela televisão estatal CCTV

AFP
03/12/2020 às 17:08.
Atualizado em 24/03/2022 às 03:11

A sonda chinesa Chang"e 5 deixou a superfície da Lua nesta quinta-feira (3) rumo à Terra - conforme imagens divulgadas pela televisão estatal CCTV.

O objetivo da operação é retornar com amostras do solo lunar. Se for bem-sucedida, será a primeira vez em mais de 40 anos que uma missão com este fim é concluída com sucesso.

O módulo, que se pousou na Lua na terça-feira (1º), decolou na quinta-feira às 23h10, horário de Pequim (12h10, em Brasília), acrescentou a CCTV.

Em uma imensa sala de controle, os engenheiros encarregados da missão aplaudiram o feito, com o olhar fixo nos telões.

Chang"e 5 é composta de várias partes: um orbitador, um módulo lunar e um módulo para voar do solo para a órbita lunar.

Este último saiu da Lua propulsado por um motor com pouco mais de 300 kg de empuxo, em um voo que durou seis minutos, informou a agência espacial chinesa.

As rochas, colocadas no módulo de subida, tiveram que ser transferidas para uma "cápsula de reentrada".

Se não houver imprevistos, a China se tornará o terceiro país a conseguir trazer para a Terra amostras de solo e rochas lunares, depois dos Estados Unidos e da União Soviética.

A URSS foi a última a concluir o feito, com a missão robótica Luna 24, em 1976.

A emissora pública chinesa CCTV descreveu nesta quarta-feira a Chang"e 5 como uma das operações "mais complicadas e delicadas" do programa espacial nacional.

A missão incluiu a extração de 2 kg de rochas após a perfuração do solo até dois metros de profundidade, no "Oceano das Tempestades".

Uma vez analisados pelos cientistas, elas ajudarão a explicar a história lunar.

Esta missão é a nova etapa do programa espacial chinês. No início de 2019, conseguiu, pela primeira vez na história, realizar a alunissagem de um aparelho na face oculta do satélite.

A agência espacial chinesa conseguiu pousar dois pequenos robôs guiados remotamente (os "Coelhos de Jade"), em 2013 e 2019.

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