INTERNACIONAL

Suspensas restrições em foco na China da COVID-19; mortos no mundo passam de 80 mil

O governo chinês suspendeu nesta quarta-feira (noite de terça, 7, no Brasil) as restrições na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, epicentro do coronavírus que deixou mais de 80 mil mortos no mundo desde dezembro passado e que levou o primeiro-ministro britânico Boris Johnson a ser internado em terapia intensiva

AFP
07/04/2020 às 19:07.
Atualizado em 31/03/2022 às 03:42

O governo chinês suspendeu nesta quarta-feira (noite de terça, 7, no Brasil) as restrições na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, epicentro do coronavírus que deixou mais de 80 mil mortos no mundo desde dezembro passado e que levou o primeiro-ministro britânico Boris Johnson a ser internado em terapia intensiva.

Em Wuhan, uma cidade de 11 milhões de habitantes, milhares de pessoas que foram obrigadas a ficar nesta capital de província desde 23 de janeiro correram para as estações de trem na quarta-feira, na esperança de poder retomar seu trabalho e restaurar a normalidade.

"Eu fiquei preso aqui por 77 dias!", exclamou um homem ansioso para retornar a Changsha, a cerca de 350 km de Wuhan.

Mas enquanto da China, que na terça-feira não registrou nenhuma morte por coronavírus, chegam boas notícias, no resto do mundo elas não são muito animadoras.

Pelo menos 80.142 pessoas morreram e quase 140.000 foram infectadas em 192 países e territórios, segundo um balanço estabelecido pela AFP.

Nas últimas 24 horas, os países com maior número de mortes foram Estados Unidos, com 1.632, França, com 1.417 e Reino Unido, com 793. A Itália, com 17.127 mortes (+604) e a Espanha, com 13.789 (+743), continuam liderando esta lista de óbitos.

Além de registrar um aumento recorde de mortes, o Reino Unido acordou na terça-feira chocado com a internação em terapia intensiva do primeiro-ministro Boris Johnson, que se tornou o único chefe de Estado ou governo contaminado pela COVID-19.

O político de 55 anos, hospitalizado desde segunda-feira à noite, "recebe tratamento padrão de oxigênio e respira sem assistência", disse seu porta-voz na terça-feira.

O estado de Nova York também bateu outro recorde nas últimas 24 horas, com 731 mortes (5.489 no total), embora o número de hospitalizações pareça estar se estabilizando, segundo o governador Andrew Cuomo.

Em quantidade de casos, os Estados Unidos são o país mais afetado, com 383.256 pessoas infectadas oficialmente diagnosticadas, 12.021 falecimentos e 20.191 curados.

Diante da superlotação dos hospitais em Nova York, a Catedral de São João Teólogo, em Manhattan, está sendo transformada em um hospital de campanha com tendas médicas instaladas na grande nave e em sua cripta subterrânea.

"Em séculos precedentes, as catedrais sempre foram utilizadas desta forma, como durante a peste", disse o reitor Clifton Daniel.

A Europa, com 57.351 vítimas fatais, continua sendo o epicentro da pandemia e aguarda com expectativa a confirmação da reversão anunciada neste fim de semana na Itália e na Espanha.

Apesar do aumento dos óbitos, o número de novas hospitalizações está diminuindo em vários países, alimentando a esperança de que o pico já esteja sendo atingido.

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