As esperanças de campanhas de vacinação em massa contra a covid-19, que poderiam começar antes do final do ano, foram reforçadas nesta segunda-feira (23) com o anúncio de uma terceira vacina com boa eficácia
As esperanças de campanhas de vacinação em massa contra a covid-19, que poderiam começar antes do final do ano, foram reforçadas nesta segunda-feira (23) com o anúncio de uma terceira vacina com boa eficácia.
A empresa britânica AstraZeneca, associada à Universidade de Oxford, desenvolveu uma vacina com eficácia média de 70% e, em alguns casos, de 90%, com base em resultados provisórios de ensaios clínicos em larga escala no Reino Unido e no Brasil.
Esses resultados parecem menos conclusivos do que os de seus concorrentes como Pfizer/BioNTech e Moderna, cuja eficiência supera 90%.
No entanto, a vacina britânica tem a vantagem de utilizar tecnologia mais tradicional, o que a torna mais econômica e fácil de armazenar, sem a necessidade de mantê-la em temperaturas muito baixas.
O laboratório britânico afirma que apresentará seus resultados rapidamente às autoridades para obter o primeiro sinal verde.
Graças a uma "cadeia de abastecimento simples", a vacina "estará acessível e disponível em todo o mundo", disse Pascal Soriot, CEO da AstraZeneca.
A AstraZeneca avança rapidamente para fabricar até 3 bilhões de doses, que estarão disponíveis em 2021.
A vacinação, que prioriza profissionais de saúde e pessoas vulneráveis, deve começar em meados de dezembro nos Estados Unidos e no início de 2021 na Europa, aumentando continuamente à medida que a produção cresce e as vacinas de outros laboratórios são preparadas e validadas.
Das 48 vacinas candidatas em desenvolvimento em todo o mundo, 11 entraram na fase 3 de testes, a última fase antes da aprovação regulamentar, de acordo com a OMS.
Enquanto isso, as medidas restritivas são as únicas armas contra a pandemia, que continua avançando no mundo, principalmente nos Estados Unidos.
A maior cidade do Canadá, Toronto, foi colocada em confinamento nesta segunda-feira por pelo menos 28 dias.
"A situação é extremamente séria", disse o primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford. "Não podemos arriscar que nossos hospitais fiquem sobrecarregados", acrescentou.
A província mais populosa do Canadá acaba de ultrapassar a marca de 100.000 contágios.
A epidemia já matou mais de 11.000 pessoas no Canadá e o primeiro-ministro Justin Trudeau pediu à população na sexta-feira para "não encontrar amigos, não comemorar aniversários, permanecer no virtual, ficar em casa o máximo possível".
Nos Estados Unidos, as autoridades querem começar a vacinação em meados de dezembro, na esperança de alcançar a chamada imunidade comunitária no próximo ano.
A campanha será lançada quando as primeiras vacinas forem aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA), disse Moncef Slaoui, um alto funcionário encarregado da operação de vacinação do governo, no domingo.