INTERNACIONAL

Terceira vacina reforça as esperanças na luta contra a pandemia

As esperanças de campanhas de vacinação em massa contra a covid-19, que poderiam começar antes do final do ano, foram reforçadas nesta segunda-feira (23) com o anúncio de uma terceira vacina com boa eficácia

AFP
23/11/2020 às 10:18.
Atualizado em 24/03/2022 às 02:03

As esperanças de campanhas de vacinação em massa contra a covid-19, que poderiam começar antes do final do ano, foram reforçadas nesta segunda-feira (23) com o anúncio de uma terceira vacina com boa eficácia.

A empresa britânica AstraZeneca, associada à Universidade de Oxford, desenvolveu uma vacina com eficácia média de 70% e, em alguns casos, de 90%, com base em resultados provisórios de ensaios clínicos em larga escala no Reino Unido e no Brasil.

Esses resultados parecem menos conclusivos do que os de seus concorrentes como Pfizer/BioNTech e Moderna, cuja eficiência supera 90%.

No entanto, a vacina britânica tem a vantagem de utilizar tecnologia mais tradicional, o que a torna mais econômica e fácil de armazenar, sem a necessidade de mantê-la em temperaturas muito baixas.

O laboratório britânico afirma que apresentará seus resultados rapidamente às autoridades para obter o primeiro sinal verde.

Graças a uma "cadeia de abastecimento simples", a vacina "estará acessível e disponível em todo o mundo", disse Pascal Soriot, CEO da AstraZeneca.

A AstraZeneca avança rapidamente para fabricar até 3 bilhões de doses, que estarão disponíveis em 2021.

A vacinação, que prioriza profissionais de saúde e pessoas vulneráveis, deve começar em meados de dezembro nos Estados Unidos e no início de 2021 na Europa, aumentando continuamente à medida que a produção cresce e as vacinas de outros laboratórios são preparadas e validadas.

Das 48 vacinas candidatas em desenvolvimento em todo o mundo, 11 entraram na fase 3 de testes, a última fase antes da aprovação regulamentar, de acordo com a OMS.

Enquanto isso, as medidas restritivas são as únicas armas contra a pandemia, que continua avançando no mundo, principalmente nos Estados Unidos.

A maior cidade do Canadá, Toronto, foi colocada em confinamento nesta segunda-feira por pelo menos 28 dias.

"A situação é extremamente séria", disse o primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford. "Não podemos arriscar que nossos hospitais fiquem sobrecarregados", acrescentou.

A província mais populosa do Canadá acaba de ultrapassar a marca de 100.000 contágios.

A epidemia já matou mais de 11.000 pessoas no Canadá e o primeiro-ministro Justin Trudeau pediu à população na sexta-feira para "não encontrar amigos, não comemorar aniversários, permanecer no virtual, ficar em casa o máximo possível".

Nos Estados Unidos, as autoridades querem começar a vacinação em meados de dezembro, na esperança de alcançar a chamada imunidade comunitária no próximo ano.

A campanha será lançada quando as primeiras vacinas forem aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA), disse Moncef Slaoui, um alto funcionário encarregado da operação de vacinação do governo, no domingo.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por