O terrorismo da extrema direita "representa atualmente o principal perigo para a democracia" na Alemanha - afirmou o diretor do Serviço Interno de Inteligência, Thomas Haldenwang, nesta quinta-feira (12)
O terrorismo da extrema direita "representa atualmente o principal perigo para a democracia" na Alemanha - afirmou o diretor do Serviço Interno de Inteligência, Thomas Haldenwang, nesta quinta-feira (12).
Depois de vários atentados cometidos no país por adeptos desta ideologia radical, Haldenwang anunciou que a ala mais radical do partido de extrema direita Alternativa para Alemanha (AfD), principal força da oposição na Câmara dos Deputados, ficará sob vigilância policial.
"Hoje sabemos que as democracias podem fracassar quando seus inimigos a destroem por dentro. É uma advertência que nossa história nos envia", completou Haldenwang.
Ele destacou que o movimento de extrema direita mais radical no país tem atualmente quase 32.000 simpatizantes, um número em forte aumento, incluindo "13.000 pessoas dispostas à violência".
Neste contexto, o Serviço Interno de Inteligência e a Agência de Proteção da Constituição anunciou uma vigilância policial da ala radical do partido AfD.
Conhecido como "A Ala", o movimento é liderado por Björn Höcke, um político da região da Turíngia. Há algumas semanas, ele se viu no centro de uma polêmica ao tentar uma aliança com a direita moderada da chanceler Angela Merkel.
Na Alemanha, apenas as organizações mais extremas, consideradas um perigo potencial para o Estado, são colocadas sob controle policial.
O serviço de Inteligência informou ter constatado que "A Ala" e seus líderes podem ser classificados como "extremistas" e que "questionaram" em seus discursos e ações "símbolos fortes do regime democrático" alemão, além da "dignidade humana e do Estado de direito".
Höcke e seus seguidores rejeitam a cultura do arrependimento pelos crimes nazistas e alegam que existe uma ameaça de que a população alemã autóctone possa ser "substituída" pelos imigrantes.
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