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Trabalhadores da Amazon e da Instacart protestam por segurança contra covid-19

Os funcionários de um depósito da Amazon e compradores e entregadores da Instacart protestaram nesta segunda-feira (30) pedindo medidas de segurança, destacando os riscos para os trabalhadores na linha de frente no abastecimento de americanos, que em grande parte estão em casa, devido à pandemia da Covid-19

AFP
30/03/2020 às 18:29.
Atualizado em 31/03/2022 às 06:10

Os funcionários de um depósito da Amazon e compradores e entregadores da Instacart protestaram nesta segunda-feira (30) pedindo medidas de segurança, destacando os riscos para os trabalhadores na linha de frente no abastecimento de americanos, que em grande parte estão em casa, devido à pandemia da Covid-19.

Estima-se que 50 a 60 funcionários tenham entrado em paralisação em um armazém da Amazon no bairro de Staten Island, em Nova York, exigindo que as instalações fossem fechadas e limpas depois que um trabalhador testou positivo para o coronavírus.

"Há casos positivos trabalhando nesses prédios infectando milhares", escreveu no Twitter Christian Smalls, funcionário do armazém.

A Amazon respondeu à AFP que Smalls fez declarações "enganosas" e que ele deveria estar em quarentena. "Como todas as empresas que lidam com a pandemia de coronavírus, estamos trabalhando duro para manter os funcionários seguros enquanto atendemos às comunidades e aos mais vulneráveis", afirmou a Amazon em comunicado.

"Tomamos medidas extremas para manter as pessoas seguras".

Enquanto isso, um grupo que se autodenominava Gig Workers Collective disse que mantinha seu pedido para que trabalhadores autônomos da Instacart entrassem em greve, apesar das novas medidas de segurança anunciadas no domingo pela empresa.

"Os trabalhadores não estão atendendo pedidos até que todas as nossas demandas sejam atendidas", disse um porta-voz à AFP. "Não se trata apenas de nós, queremos também proteger nossos clientes".

Não ficou claro imediatamente quantos dos "compradores" da Instacart, que são trabalhadores independentes do "Gig Workers", participavam da paralisação.

A Instacart, que anunciou recentemente planos de contratar cerca de 300.000 pessoas para ajudar a atender à demanda por entregas de supermercados, disse em comunicado que "está totalmente operacional".

"Estamos atendendo à maior demanda de clientes na história da Instacart e temos compradores mais ativos em nossa plataforma hoje do que nunca, escolhendo e entregando mantimentos para milhões de consumidores", disse a empresa de São Francisco, que opera em cerca de 5.500 cidades nos Estados Unidos e Canadá.

Uma fonte próxima às operações da empresa disse que a greve teve um impacto insignificante.

A empresa, com sede em San Francisco, disse no domingo que forneceria novos equipamentos de saúde e segurança para os "compradores" e definiria uma gorjeta "padrão" com base nos pedidos anteriores dos clientes.

O grupo de trabalhadores, cujos números eram desconhecidos, chamou o Instacart de "uma piada doentia".

"Estávamos pedindo desinfetante para as mãos há muitas e muitas semanas. Mas, aparentemente, a empresa é capaz de fornecer alguns com dois dias de trabalho? Onde estava isso antes", disse o grupo em um post no Medium.

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