A justiça russa ordenou nesta segunda-feira a suspensão das atividades das organizações vinculadas ao opositor detido Alexei Navalny, que poderiam ser declaradas "extremistas", anunciou um de seus principais colaboradores
A justiça russa ordenou nesta segunda-feira a suspensão das atividades das organizações vinculadas ao opositor detido Alexei Navalny, que poderiam ser declaradas "extremistas", anunciou um de seus principais colaboradores.
"As atividades dos escritórios de Navalny e do Fundo de Luta contra a Corrupção (FBK) foram suspensas de maneira imediata", escreveu no Twitter Ivan Zhdanov, diretor do FBK.
Zhdanov incluiu em sua mensagem fotografias da decisão, adotada enquanto os colaboradores de Navalny aguardam o julgamento que pode proibir de maneira definitiva as atividades do grupo.
"Simplesmente gritam: temos medo de suas atividades, temos medo de suas manifestações, temos medo de suas campanhas de votação", completou.
O escritório de Navalny em Moscou afirmou em uma mensagem no Telegram que não pode mais "trabalhar sob o antigo formato", com base na decisão judicial.
"Seria muito perigoso para nossos funcionários e para nossos seguidores", afirmou, antes de prometer todos "continuarão a título pessoal lutando contra a corrupção, contra o partido no poder Rússia Unida e contra o presidente Vladimir Putin.
"Não será fácil lutar, mas venceremos de maneira absoluta, porque somos muitos e somos forte", destacou o escritório moscovita do opositor.
O MP russo pediu que as organizações vinculadas a Alexei Navalny sejam classificadas como "extremistas", o que provocaria sua proibição no país e significaria duras penas de prisão para os colaboradores e seguidores do opositor.
A Promotoria acusa as organizações de buscar "criar as condições para a desestabilização da situação social e sociopolítica" na Rússia, "acobertados por slogans liberais".
Ativistas anticorrupção e grande inimigo do Kremlin, Navalny está detido em uma penitenciária por um antigo caso de fraude que o opositor denuncia como um processo político.
Navalny encerrou na sexta-feira uma greve de fome de 24 dias para protestar contra as más condições de sua detenção, devido ao agravamento de seu estado de saúde.
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