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Trump critica Biden ao aceitar a indicação republicana

O presidente americano, Donald Trump, criticou na quinta-feira o "fraco" Joe Biden, seu rival democrata na disputa pela reeleição, ao aceitar a indicação republicana em um país que sofre as consequências da covid-19 e das tensões raciais

AFP
28/08/2020 às 06:15.
Atualizado em 25/03/2022 às 12:12

O presidente americano, Donald Trump, criticou na quinta-feira o "fraco" Joe Biden, seu rival democrata na disputa pela reeleição, ao aceitar a indicação republicana em um país que sofre as consequências da covid-19 e das tensões raciais.

Trump voltou a combinar patriotismo e retórica antissocialista para traçar um apocalipse caso Biden, que chama de "marionete da esquerda radical", chegue ao poder em 3 de novembro.

"Esta eleição decidirá se salvamos o sonho americano ou se permitimos que uma agenda socialista derrube nosso precioso destino", disse o presidente, ao lado de bandeiras americanas em um imponente palanque montado nos jardins da Casa Branca.

"Biden é fraco", declarou a respeito do ex-vice-presidente de Barack Obama. "Não é o salvador da alma dos Estados Unidos (...) e se tiver a oportunidade, ele será o destruidor da grandeza americana".

A segunda indicação do magnata republicano, de 74 anos, acontece em um cenário de crise de saúde, econômica e social sem precedentes, com quase 180.000 mortes provocadas pela covid-19, taxa de 10,2% de desemprego e grandes manifestações contra o racismo e a brutalidade policial.

Mas, em desvantagem nas pesquisas, Trump se apresentou como o único líder capaz de velar pelos americanos.

"Ninguém estará a salvo nos Estados Unidos de Biden", completou.

Trump também prometeu "acabar" com o coronavírus com uma vacina até o fim do ano.

"Produziremos uma vacina até o fim do ano, talvez antes", disse. "Derrotaremos o vírus, acabaremos com a pandemia e sairemos mais fortes do que nunca".

Um total de 58,2% dos americanos não aprovam a gestão de Trump na pandemia, de acordo com o site FiveThirtyEight.com.

A covid-19 quase não foi citada na convenção, exceto nas palavras de compaixão da primeira-dama, Melania, que reconheceu na terça-feira o impacto do "inimigo invisível" e a dor e angústia provocadas.

A outra voz que expressou a preocupação do presidente com a covid-19 foi a sua filha mais velha e assessora, Ivanka, que na quinta-feira apresentou o pai em um discurso repleto de elogios no qual pediu "mais quatro anos".

"Com um coração repleto de gratidão e otimismo ilimitado" com a candidatura, o presidente encerrou uma Convenção Nacional Republicana celebrada em grande parte em formato virtual, mas que em nenhum momento deixou de ser um espetáculo sobre Trump.

Fogos de artifício e as estrofes da Ave Maria finalizaram o evento, marcado por quatro dias de elogios a Trump como um virtuoso da economia, defensor da vida e de Deus, além de firme na aplicação da lei.

Mas enquanto o presidente era a aplaudido em um ambiente de gala, sem distanciamento social ou máscaras, era possível ouvir o som dos manifestantes do movimento "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam), reunidos diante da Casa Branca para expressar revolta e pedir a saída de Trump.

Trump fez uma entrada triunfal, ao lado da primeira-dama, diante de mais de mil convidados e dois telões.

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