INTERNACIONAL

Trump, da derrota eleitoral ao segundo processo de impeachment

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump negou de maneira insistente a derrota nas eleições de novembro e enfrentará um segundo julgamento político na próxima semana, acusado de ter incitado uma multidão a atacar o Capitólio para tentar reverter o resultado das urnas

AFP
07/02/2021 às 10:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 20:36

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump negou de maneira insistente a derrota nas eleições de novembro e enfrentará um segundo julgamento político na próxima semana, acusado de ter incitado uma multidão a atacar o Capitólio para tentar reverter o resultado das urnas.

A seguir, uma cronologia dos acontecimentos que levaram ao processo de impeachment:

Apesar dos riscos provocados pela pandemia de coronavírus no país, a participação atingiu uma taxa recorde nas eleições de 3 de novembro.

Trump passou os meses antes da votação alertando para uma suposta fraude eleitoral e tentando impedir o voto por correio, que ele temia que favoreceria amplamente o rival democrata, Joe Biden.

Devido a um nível sem precedentes do voto por correio - para evitar filas e aglomerações pela pandemia -, os resultados finais não foram divulgados após algumas horas. A imprensa informa que Trump ficou furioso depois que o canal conservador Fox News atribuiu a vitória no estado do Arizona, tradicionalmente republicano, a Biden ainda na noite da eleição.

Em questão de dias, os advogados de Trump, liderados pelo ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani, iniciam uma série malsucedida de ações judiciais para impugnar os resultados das eleições.

Em 7 de novembro, Biden é declarado vencedor depois de triunfar no estado da Geórgia, historicamente republicano.

Em seu discurso na mesma noite, o democrata pede a união e estende a mão aos partidários de Trump, muitos deles convencidos da veracidade das afirmações, sem provas, do presidente republicano sobre a fraude eleitoral.

"Para todos aqueles que votaram no presidente Trump, entendo sua decepção esta noite. Perdi algumas eleições (...) Mas agora vamos nos dar uma oportunidade", disse Biden.

Pressionado por Trump, o secretário de Estado da Geórgia, o republicano Brad Raffensperger, determina uma recontagem manual as cédulas do estado que confirma a vitória de Biden.

Trump insiste e exige uma recontagem adicional, que em 7 de dezembro reitera a vitória de Biden no estado por 11.779 votos.

Em 19 de dezembro, Trump convoca seus 88 milhões de seguidores nas redes sociais a viajar a Washington em 6 de janeiro, dia em que o Congresso se reunirá para certificar os resultados das eleições, no que normalmente é um evento simbólico e protocolar, para uma "grande protesto em DC".

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