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Trump pede a eleitores da Geórgia que "salvem" país em eleição para o Senado

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu na segunda-feira aos habitantes do estado da Geórgia que votem nos candidatos republicanos na crucial eleição para o Senado, que terá um impacto decisivo para o governo do presidente eleito democrata Joe Biden

AFP
05/01/2021 às 06:09.
Atualizado em 24/03/2022 às 01:16

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu na segunda-feira aos habitantes do estado da Geórgia que votem nos candidatos republicanos na crucial eleição para o Senado, que terá um impacto decisivo para o governo do presidente eleito democrata Joe Biden.

"Nosso país depende de vocês. O mundo inteiro está de olho na Geórgia", afirmou em Dalton o republicano, que dois meses depois das eleições presidenciais continua sem admitir a derrota, apesar de auditorias, recontagens e várias decisões judiciais apontarem o contrário.

As duas eleições desta terça-feira podem ser "a sua última oportunidade de salvar os Estados Unidos que amamos", declarou às pessoas que compareceram ao evento nesta comunidade rural e conservadora do noroeste da Geórgia.

O estado do sul do país não elege um democrata para o Senado há 20 anos. Mas se Raphael Warnock, pastor afro-americano de 51 anos, e Jon Ossoff, produtor audiovisual de 33, conseguirem essa façanha, darão ao partido o controle da Câmara Alta, além da Câmara dos Representantes, de maioria democrata.

Se isso acontecer, o Senado ficaria com 50 cadeiras para cada força, motivo pelo qual a futura vice-presidente, Kamala Harris, teria o voto decisivo, fazendo com que a balança pendesse para o seu lado nessa câmara, atualmente de maioria republicana.

Trump, que ainda tenta reverter a derrota eleitoral, viajou à Geórgia em meio a um novo escândalo por suas tentativas de pressionar funcionários de governos estaduais para que anulem a votação e atribuam a vitória a sua candidatura.

"É impossível que eu tenha perdido na Geórgia", repetiu o presidente.

"Não vão tomar esta Casa Branca", disse para os democratas. "Vamos lutar como nunca!"

Cartazes eleitorais, ônibus de candidatos e reuniões: dois meses após as eleições presidenciais, a Geórgia recuperou o clima de campanha nacional.

Joe Biden, que assume a presidência em 20 de janeiro, também visitou o estado e participou em um evento mais reservado em Atlanta.

"O poder está nas suas mãos. Um só estado pode mudar o rumo não apenas nos próximos quatro anos, mas também para a próxima geração", declarou Biden.

O presidente eleito criticou a falta de ação de Trump ao citar o começo caótico da campanha de vacinação contra a covid-19. "Não entendo por que ele quer tanto manter o cargo, quando já não quer trabalhar."

Durante a campanha na Geórgia, os cartazes "Trump 2020" continuam sendo numerosos. Estão mais presentes do que os dos senadores que o presidente apoia: os ex-empresários Kelly Loeffler, 50, e David Perdue, 71.

Randy Stelly, 68 anos, diz que viajou do Texas para Dalton para mostrar que a luta em favor de Trump "não para" e que não se deve "nunca, nunca admitir a derrota".

As pesquisas mostram os candidatos empatados: Ossoff desafia Perdue, enquanto Warnock tentará desbancar Loeffler.

Os republicanos partem como favoritos no estado conservador. Os democratas contam, porém, com a vitória de Biden em 3 de novembro, a primeira de um democrata na Geórgia desde 1992.

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