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Trump suspende imigração aos EUA por COVID-19, que abala economia global

O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (21) a suspensão por pelo menos 60 dias da imigração legal aos Estados Unidos, argumentando que busca com isto proteger os postos de trabalho dos cidadãos americanos do "inimigo invisível", em alusão ao novo coronavírus, em um momento em que a pandemia ameaça deixar a economia mundial em queda livre

AFP
21/04/2020 às 20:52.
Atualizado em 31/03/2022 às 03:05

O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (21) a suspensão por pelo menos 60 dias da imigração legal aos Estados Unidos, argumentando que busca com isto proteger os postos de trabalho dos cidadãos americanos do "inimigo invisível", em alusão ao novo coronavírus, em um momento em que a pandemia ameaça deixar a economia mundial em queda livre.

Trump deu os primeiros detalhes de um vago anúncio feito na noite de segunda-feira através do Twitter, abordando um tema-chave para sua base conservadora, em um momento em que o desemprego dispara no país, devido à pandemia do novo coronavírus, que deixa mais de 43.000 mortos nos Estados Unidos.

Trump explicou que a medida busca "proteger os trabalhadores americanos" em um momento em que, desde meados de março, 22 milhões de trabalhadores pediram auxílio-desemprego após perderem o trabalho.

"Ao suspender a imigração, isto vai ajudar os americanos desempregados a ficarem na linha de frente quando os Estados Unidos reabrirem", disse Trump.

O presidente disse que "provavelmente" assinará o decreto na quarta-feira e que esta "pausa" vigorará por 60 dias, depois dos quais haverá uma avaliação.

"Esta ordem só se aplica para indivíduos que buscam a residência permanente, em outras palavras, o Green Card", disse o presidente, assegurando que a medida não afetará as permissões temporárias.

Esta decisão vem em um momento em que as mortes pelo novo coronavírus passam de 174.000 no mundo e os contágios superam os 2,5 milhões, deixando as economias em uma espiral descendente enquanto os governos tentam planejar caminhos para sair da crise.

O congelamento completo de algumas atividades comerciais teve um efeito dramático para o mercado petrolífero, no qual o excesso de oferta e a demanda menor fez os preços da commodity desabarem a mínimos históricos.

Na Europa, duramente atingida pela pandemia, alguns países começam a sair cautelosamente do confinamento para abrandar os custos econômicos, embora concentrações multitudinárias permaneçam descartadas.

Enquanto a Alemanha permitia a reabertura de pequenas lojas, as autoridades cancelaram a Oktoberfest, tradicional festival de cerveja, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

A Espanha também cancelou as festas de São Firmino, em Pamplona, que anualmente em julho atraem milhares de turistas e se caracterizam pelas corridas de touros pelas ruas da cidade.

Os Estados Unidos agora são o epicentro da pandemia, com mais de 43.000 mortos e 804.000 infectados.

Em meio a uma crise que começa a apertar, o presidente Trump tem envolvido em confrontos com os governadores democratas, ao apoiar protestos anti-quarentena em alguns estados.

Também gerou críticas com seu vago anúncio sobre a proibição à imigração, com a qual afirmou que salvaria os empregos dos americanos, depois que 22 milhões de pessoas no país perderam o trabalho pela pandemia.

"Em vista do ataque do Inimigo Invisível, além da necessidade de proteger o emprego dos nossos GRANDIOSOS cidadãos americanos, vou assinar uma ordem executiva para suspender a imigração aos Estados Unidos", tuitou Trump.

A Casa Branca não forneceu depois nenhum detalhe sobre a medida ou sua duração.

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