INTERNACIONAL

Turistas franceses viajam para Catalunha apesar de alerta por surto de coronavírus

Apesar das recomendações de seu governo, as famílias francesas se dirigiram neste sábado para a Catalunha, região espanhola que vive um surto de coronavírus, sem abandonar seus planos de descansar, tomar sol na praia e aproveitar as férias

AFP
25/07/2020 às 16:27.
Atualizado em 25/03/2022 às 18:07

Apesar das recomendações de seu governo, as famílias francesas se dirigiram neste sábado para a Catalunha, região espanhola que vive um surto de coronavírus, sem abandonar seus planos de descansar, tomar sol na praia e aproveitar as férias.

No posto fronteiriço de Perthus, não se viu o influxo dos grandes dias e o tráfego é tranquilo. "Para um sábado de férias, é uma calma surpreendente", disse um policial que verifica os documentos dos viajantes.

Na área de descanso "Village Catalan", a poucos quilômetros da fronteira, os veículos que retornam da Espanha encontram os que vão.

"Ouvimos as recomendações do primeiro-ministro, mas já tínhamos chegado a Toulouse (sul da França). Sabemos que teremos que intensificar nossa vigilância, ter muito cuidado", disse à AFP Jean Louis T., que viaja da Normandia (norte da França) com a esposa e o filho de 15 anos.

Eles estão prestes a passar três semanas em uma residência de férias perto de Tarragona. "Vamos nos autoconfinar, mas em uma casa de férias e na praia. Nada mal!", reconhece.

"Eu gostaria de ter uma indicação mais clara. Ou podemos ou não podemos. Com o que ele (o primeiro-ministro francês) disse, as pessoas ficam realmente confusas", argumenta sua esposa Armelle.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro Jean Castex "exortou" os franceses a "evitarem" ir para a Catalunha, uma das regiões mais turísticas da Europa, "enquanto a situação sanitária não melhorar".

Embora a circulação viral esteja "claramente aumentando" na França, a Occitania, vizinha da Catalunha, é uma das regiões menos afetadas até o momento e ninguém está hospitalizado por COVID-19 no departamento de fronteira dos Pirineus Orientais.

Fanny Lievens, sua mãe e dois filhos, de 10 e 15 anos, dizem que "não têm escolha".

"Se cancelarmos nossas férias planejadas desde de fevereiro, perderemos o dinheiro do aluguel", diz.

A família, originalmente de Montpellier, não está preocupada.

"Ficaremos muito atentos. Se eles decidirem fechar a fronteira, estaremos a uma hora e meia de carro", afirma Lievens.

Do outro lado da fronteira, na praia de Lloret de Mar, 75 km a nordeste de Barcelona, a presença de turistas estrangeiros, principalmente franceses, era significativamente menor do que nos anos anteriores.

"A temporada é tão ruim que, se menos franceses vierem, nada acontece", resume Ramón Arrufat, 54 anos, dono de uma loja de artigos de praia.

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