Santa Casa

UCO discute assistência paliativa ao paciente grave

“Nossa maior missão com relação ao cuidado é dar existência à vida", afirma a médica Mariana Kairalla

Da Redação
13/04/2022 às 09:06.
Atualizado em 13/04/2022 às 09:07
Equipe da UCO acompanhou atenta a explanação sobre aspectos dos cuidados paliativos (Divulgação)

Equipe da UCO acompanhou atenta a explanação sobre aspectos dos cuidados paliativos (Divulgação)

A convite do cardiologista Humberto Passos, a médica Mariana Kairalla, da equipe de cuidados paliativos da Santa Casa de Piracicaba, esteve na Unidade Coronariana da Instituição na manhã do último dia 6 de abril, para falar à equipe sobre cuidados paliativos.

“É essencial dispor de uma equipe de cuidados paliativos para ampliar a capacidade de atendimento, a exemplo do que faz a Santa Casa de Piracicaba, que direciona equipe multiprofissional específica para mais este cuidado”, justificou Passos.

Ele revela que a proposta foi refletir junto à equipe assistencial da UCO quais são os anseios e possibilidades para enfrentar esta fase da vida do paciente. “Nossa maior missão com relação ao cuidado é dar existência à vida, em todas as suas fases e momentos”, considerou o cardiologista.

Ele explica que uma das maiores dificuldades da equipe médica e demais especialidades dentro do ambiente de saúde, em especial em UTIs, é lidar com a vulnerabilidade dos pacientes críticos e com quadros limitantes. “Neste cenário, um olhar mais sensível é necessário e faz toda diferença para o paciente e sua família”, disse Passos.

A médica Maria Kairalla complementa, lembrando que a atenção específica ao paciente em cuidados paliativos permite que o portador de uma doença grave com ameaça à continuidade de sua vida, possa utilizar de todos os recursos diagnósticos e terapêuticos disponíveis. “Com amplo suporte à qualidade de vida deste paciente, é possível aos familiares vivenciar aquele momento com sentido, conforto, valor e significado”, disse.

Kairalla falou sobre a importância da iniciativa como troca de experiências que, segundo ela, enriquece o conhecimento e amplia a visão sobre todas as dimensões e necessidades do paciente, não limitando o foco da assistência para a doença. “Trata-se de um olhar diferenciado, um cuidado multidimensional que engloba a parte física, emocional, familiar, social e espiritual”, disse.

Ao parafrasear a médica, enfermeira, assistente social e escritora inglesa Cicely Saunder, Mariana Kairalla lembrou que “você é importante por quem você é até o último dia da sua vida e faremos tudo o que pudermos, não só para ajudá-lo morrer em paz, mas também para viver até morrer”.

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