A União Europeia criticou nesta terça-feira (12) a decisão dos Estados Unidos de designar os rebeldes huthis do Iêmen como "grupo terrorista" e advertiu que poderia dificultar os esforços de paz e a entrega de ajuda humanitária
A União Europeia criticou nesta terça-feira (12) a decisão dos Estados Unidos de designar os rebeldes huthis do Iêmen como "grupo terrorista" e advertiu que poderia dificultar os esforços de paz e a entrega de ajuda humanitária.
O governo de Donald Trump anunciou esta decisão no domingo, dez dias antes de seu sucessor, Joe Biden, assumir o poder.
A designação entrará em vigor às vésperas da posse de Biden, cujos assessores esperavam dar novo impulso aos esforços para pôr fim à guerra de seis anos no Iêmen.
A decisão provocou críticas de ONGs e da ONU pelo medo que exacerbe a já grave crise humanitária no Iêmen, devastado pela guerra.
Um porta-voz do chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disse que a decisão dos Estados Unidos "pode dificultar os esforços dirigidos pela ONU para alcançar uma solução integral para o conflito do Iêmen".
A designação "complicará o compromisso diplomático necessário (...) e o trabalho da comunidade internacional em assuntos políticos, humanitários e de desenvolvimento", acrescentou.
"É provável que a designação tenha efeitos perturbadores na entrega de ajuda humanitária financiada pela comunidade internacional e agrave ainda mais a crise econômica que resultou de mais de cinco anos de conflito", acrescentou.
Os rebeldes controlam grande parte do Iêmen e enfrentaram uma ofensiva sangrenta da Arábia Saudita, aliada dos Estados Unidos, e milhões de pessoas no país dependem da ajuda para sobreviver.
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