INTERNACIONAL

UE debate plano de resgate econômico pela pandemia, sem 'coronabônus'

Os países da UE pareciam se aproximar de um consenso sobre as primeiras medidas econômicas comuns de enfrentamento do novo coronavírus, informaram fontes europeias nesta segunda-feira (6), embora as reivindicações de Itália, Espanha e França estejam longe de serem satisfeitas

AFP
06/04/2020 às 16:40.
Atualizado em 31/03/2022 às 04:34

Os países da UE pareciam se aproximar de um consenso sobre as primeiras medidas econômicas comuns de enfrentamento do novo coronavírus, informaram fontes europeias nesta segunda-feira (6), embora as reivindicações de Itália, Espanha e França estejam longe de serem satisfeitas.

Se os ministros europeus das Finanças derem sua aprovação durante a videoconferência que será realizada na terça-feira, a primeira resposta europeia frente à pandemia deveria se basear em três pilares: empréstimos do fundo de resgate da zona do euro, um fundo de garantia para as empresas e um apoio ao seguro desemprego parcial.

Ao contrário, a ideia de um "fundo de recuperação" que possa emitir dívida comum dos Estados-membros, como propôs a França, continua causando divisões entre os 27 membros do bloco.

A proposta consistiria em um fundo temporário de centenas de bilhões de euros ("3% do PIB europeu") para financiar os serviços públicos essenciais (saúde), os setores ameaçados (transporte, turismo) e novas tecnologias.

França, Itália, Espanha e outros países da eurozona tinham pedido a criação de um "instrumento" para empréstimos comuns aos 19 países que adotaram a moeda única, chamado "coronabônus".

Mas Alemanha e Holanda rejeitaram taxativamente este dispositivo durante a cúpula europeia "virtual" de 26 de março.

As propostas dos ministros serão apresentadas aos chefes de Estado e de governo da UE.

A primeira consiste em utilizar parte dos EUR 410 bilhões de fundos do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), que outorgaria créditos aos Estados em dificuldades até 2% de seu PIB, com contrapartidas limitadas.

"Neste momento, não podemos dizer a um país afetado por uma crise tão terrível: "de acordo, agora deve se submeter a um programa de vigilância [...] Isso é evidentemente, politicamente, totalmente impossível", declarou nesta segunda o comissário europeu da Economia.

Além disso, o Banco Central Europeu (BCE), instituição financeira dos Estados-membros, criaria um fundo de garantia pan-europeu, cujo montante ainda precisa ser discutido.

Por fim, os ministros deveriam validar o plano da Comissão Europeia frente à criação de um instrumento para garantir com até 100 bilhões de euros os planos nacionais de desemprego parcial, reforçados ou implementados em função da pandemia.

zap/fmi/cj/jvb/af/mvv

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