Os líderes da União Europeia defenderam nesta quinta-feira (25) a continuidade de "restrições drásticas" para enfrentar as variantes do coronavírus, segundo uma Declaração do primeiro dia de uma cúpula europeia realizada por videoconferência
Os líderes da União Europeia defenderam nesta quinta-feira (25) a continuidade de "restrições drásticas" para enfrentar as variantes do coronavírus, segundo uma Declaração do primeiro dia de uma cúpula europeia realizada por videoconferência.
"A situação epidemiológica ainda é séria e as novas variantes representam desafios adicionais. Por isso, devemos manter restrições drásticas, enquanto aumentamos os esforços para acelerar a provisão de vacinas", destacaram os líderes na Declaração.
A declaração conjunta destaca que "por enquanto, as viagens não essenciais devem ser restritas".
"Saudamos a adoção (...) de recomendações sobre viagens dentro e para a UE, nas quais as restrições sejam introduzidas em respeito ao princípio da proporcionalidade", acrescenta.
Ao fim do primeiro dia desta cúpula virtual para discutir ações unificadas do bloco contra a pandemia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que "sempre há conflitos entre a situação sanitária e a livre circulação".
Esta situação deve ser resolvida analisando cada caso, mas "as restrições têm que ser proporcionais", afirmou.
Diante do aparecimento de novas variantes do coronavírus, vários países europeus adotaram rígidas medidas restritivas a viagens dentro do bloco e inclusive fechamentos de fronteiras, que provocaram imediatamente preocupação nas autoridades europeias.
Essa questão tem sido central na discussão dos líderes, assim como a controversa proposta de adotar passaportes sanitários ou certificados de vacinação de reconhecimento mútuo, que permitam a retomada de viagens dentro do bloco e reativar o turismo.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que os líderes debateram estas ideias.
"Minha impressão é de que não estamos mais próximos de uma convergência do que estávamos em janeiro. Ou se estamos, ainda não há nada resolvido", explicou.
Michel admitiu que as próximas semanas serão difíceis para os esforços mobilizados pelo bloco para imunizar a população contra a covid-19.
"Sabemos que as próximas semanas ainda serão difíceis no que se refere à vacinação", disse Michel.
As campanhas de vacinação nos países da UE começaram no fim de dezembro, mas rapidamente se depararam com dificuldades logísticas enfrentadas pelos laboratórios para produzir e distribuir as doses acordadas.