O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, anunciou nesta terça-feira (8) que a instituição enviará uma "missão reforçada" para observar as eleições gerais marcadas para 18 de outubro na Bolívia
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, anunciou nesta terça-feira (8) que a instituição enviará uma "missão reforçada" para observar as eleições gerais marcadas para 18 de outubro na Bolívia.
"Apesar de um contexto difícil, devido à pandemia da covid-19, que levou à suspensão ou cancelamento do envio de missões de observação eleitoral, continuamos do lado da Bolívia, para ajudar a alcançar seus objetivos, inclusive com uma missão reforçada de especialistas eleitorais", disse Borrell em um comunicado.
Segundo o diplomata espanhol, a organização de "eleições confiáveis é de fundamental importância para o povo boliviano, que está pronto para reafirmar seu compromisso com os valores democráticos e restaurar a tão necessária estabilidade".
Essa missão "redigirá um relatório, analisando como as eleições foram implementadas de acordo com as leis locais e internacionais, bem como as melhores práticas para eleições democráticas, e fornecerá recomendações para melhorar as eleições futuras", relatou o gabinete de Borrell.
A campanha eleitoral na Bolívia começou no domingo, em meio a severas restrições às concentrações em massa, por causa da pandemia.
A Bolívia ultrapassou a barreira de 120.000 casos registrados por covid-19 e 5.398 mortes.
Luis Arce e o ex-presidente Carlos Mesa aparecem empatados nas intenções de voto, com 23%, ambos superando a presidente Jeanine Áñez, que detém 12% das preferências.
As eleições gerais de 18 de outubro substituem as eleições de outubro de 2019, o que gerou protestos e levou à renúncia do presidente Evo Morales após quase 14 anos no poder.
Originalmente marcadas para 3 de maio, foram adiadas três vezes, devido ao novo coronavírus.
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