INTERNACIONAL

UE inicia campanha de vacinação com esperança de acabar com 'pesadelo' da covid

Menos de uma semana depois da autorização da União Europeia (UE) para o uso da vacina dos laboratórios Pfizer e BioNTech, países como Itália e Espanha iniciaram neste domingo a vacinação contra o coronavírus, que infectou mais de 80 milhões de pessoas no mundo e provocou 1,76 milhão de mortes

AFP
27/12/2020 às 09:08.
Atualizado em 24/03/2022 às 00:17

Menos de uma semana depois da autorização da União Europeia (UE) para o uso da vacina dos laboratórios Pfizer e BioNTech, países como Itália e Espanha iniciaram neste domingo a vacinação contra o coronavírus, que infectou mais de 80 milhões de pessoas no mundo e provocou 1,76 milhão de mortes.

"Não senti nada, nada (...) muito obrigado", afirmou, sorridente, Araceli Hidalgo Sánchez, de 96 anos, a primeira pessoa a receber a tão aguardada dose na Espanha, em uma casa de repouso de Guadalajara (centro do país).

Em seguida, Mónica Tapias, auxiliar de enfermagem na mesma instituição, foi a segunda espanhola a receber a vacina. "O que queremos é que a maioria das pessoas receba a vacina", declarou.

As autoridades espanholas esperam vacinar até junho de 2021 entre 15 e 20 milhões de pessoas, de uma população de 47 milhões.

A Espanha foi um dos países da Europa mais afetados pela pandemia, com 50.000 mortes e mais de 1,8 milhão de casos, segundo os dados do ministério da Saúde.

"Hoje Araceli e Mónica representam uma nova etapa de esperança. Um dia de emoção e confiança", escreveu no Twitter o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que prometeu um processo de vacinação "rápido, confiável e equitativo".

Quase ao mesmo tempo, na Itália a enfermeira Claudia Alivernini e Maria Rosaria Capobianchi, diretora de um laboratório de virologia no hospital Spallanzani de Roma, foram as primeiras a receber a vacina no país.

"É um gesto pequeno, mas fundamental para todos nós", disse Alivernini. "Eu afirmo de coração: vacinem-se. Por nós, por nossos entes queridos e pela sociedade", completou.

Na Itália, a vacinação generalizada começará em 8 de janeiro, data em que passará a receber 470.000 doses por semana. No país mais afetado da União Europeia (UE) pela pandemia, com mais de 71.000 vítimas fatais, o governo teve que decretar importantes medidas de confinamento antes do Natal.

A milhares de quilômetros, em Bucareste, a enfermeira romena Mihaela Anghel, de 26 anos, a primeira a atender um paciente com covid-19 em fevereiro no país, foi a primeira vacinada.

As primeiras doses da vacina Pfizer/BioNTech chegaram durante o fim de semana aos países membros da UE, escoltadas pelas forças de segurança. Alemanha, Hungria e Eslováquia imunizaram algumas pessoas no sábado. A Europa é a região mais afetada do mundo por esta pandemia, com mais de 25 milhões de casos e 546.000 mortes.

Antes da UE, vários países iniciaram a vacinação contra o coronavírus. O primeiro foi a China, que aplicou as primeiras injeções no verão (hemisfério norte, inverno no Brasil). Em dezembro foi a vez de Rússia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Suíça, México, Costa Rica e Chile .

Paralelamente à vacinação, cada vez mais países detectam casos da nova cepa de coronavírus, possivelmente mais contagiosa, descoberta inicialmente no Reino Unido.

Canadá, Itália, Suécia, Espanha e Japão notificaram nas últimas horas infecções desta variante, depois de França, Alemanha, Líbano e Dinamarca.

De acordo com um estudo da London School of Hygiene and Tropical Medicine, a nova cepa é entre "50% a 74%" mais contagiosa, o que provoca o temor de que 2021 registre mais internações e mortes por covid-19 que 2020 caso os recursos necessários não sejam disponibilizados.

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