INTERNACIONAL

Um bilhão de pessoas confinadas no mundo pelo novo coronavírus

Quase um bilhão de pessoas passam o fim de semana confinados pelo novo coronavírus, que já deixou pelo menos 12

AFP
21/03/2020 às 17:49.
Atualizado em 04/04/2022 às 23:08

Quase um bilhão de pessoas passam o fim de semana confinados pelo novo coronavírus, que já deixou pelo menos 12.725 vítimas fatais em todo o mundo, enquanto parte dos Estados Unidos e países da América Latina implementam medidas já impostas em algumas regiões da Europa.

Do Rio de Janeiro a Madri, passando por Paris ou Nova York, a pandemia, que surgiu na China em dezembro, mudou completamente a vida do planeta.

Os países tentam conter a força contagiosa da Covid-19 com restrições drásticas em relação à circulação de populações inteiras, do fechamento de escolas, fábricas e negócios à imposição de teletrabalho.

No total, a epidemia já causou 12.275 mortes em todo o mundo e 291.420 pessoas infectadas, de acordo com o último balanço da AFP.

Pelo terceiro dia consecutivo, a China continental, onde o novo coronavírus foi relatado pela primeira vez em dezembro, não registrou nenhum novo contágio, representando um raio de "esperança para o resto do mundo", segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com 4.825 óbitos, a Itália já é o país com o maior número de vítimas fatais. A taxa de mortalidade no país é de 8,6% dos casos confirmados.

Foi o primeiro país do Velho Continente a ordenar o confinamento de toda a população há mais de 10 dias e, neste fim de semana, continua a fortalecer suas medidas antes dos estragos da pandemia.

Em número de mortes, Itália e China (3.255) são seguidas pelo Irã (1.556), Espanha (1.326), França (562) e Estados Unidos (288).

A Espanha relatou um aumento de 32% em novas mortes.

No total, mais de 900 milhões de pessoas em cerca de 35 países são afetadas por restrições de movimento. Destes, cerca de 600 milhões em 22 países têm uma ordem de confinamento obrigatória, como na França, Espanha ou Itália, onde são aplicadas multas a quem desobedecer.

Na América Latina, a Bolívia ordenou que os cidadãos ficassem em casa a partir de domingo e a Colômbia disse que o isolamento obrigatório começaria a partir de terça-feira.

A partir deste sábado, as praias do Rio de Janeiro serão proibidas para os amantes do sol, levantando preocupações entre os vendedores ambulantes, que não sabem como sobreviverão com apoio limitado do governo.

A Guatemala, por sua vez, anunciou a aplicação de um toque de recolher parcial para retardar o avanço do vírus, que causou 17 casos e uma morte.

Em outros países, como o México, cujas autoridades resistem à repressão à pandemia da Covid-19, muitos decidiram tomar as rédeas e se proteger da ameaça do vírus.

Na Venezuela, os cidadãos improvisam invenções e proteções ancestrais na ausência de curas e remédios acessíveis aos bolsos.

Nos Estados Unidos, Califórnia, Estado de Nova York, Nova Jersey, Illinois, Pensilvânia e Nevada decretaram a suspensão de todas as atividades não essenciais, apesar do fato de que o confinamento total do país tenha sido descartado por enquanto pelo presidente Donald Trump.

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