INTERNACIONAL

Um dia de caos no Capitólio dos EUA

O dia 6 de janeiro estava destinado a ser um dia normal, em que o Congresso dos Estados Unidos confirmaria a vitória do democrata Joe Biden nas urnas

AFP
07/01/2021 às 11:53.
Atualizado em 23/03/2022 às 23:30

O dia 6 de janeiro estava destinado a ser um dia normal, em que o Congresso dos Estados Unidos confirmaria a vitória do democrata Joe Biden nas urnas. Mas o que era para ser uma mera formalidade se transformou em uma jornada de violência e de caos inimagináveis.

Donald Trump, determinado a não admitir sua derrota para Joe Biden, e milhares de seus seguidores que foram a Washington para apoiá-lo obstruíram o processo.

A violência eclodiu dentro do complexo do Capitólio e levou a capital federal a decretar um toque de recolher. Esta é a cronologia dos eventos.

Dezenas de milhares de apoiadores do presidente republicano, com bandeiras de Trump 2020 e bonés vermelhos de "Make America Great Again" começam a chegar a Washington.

Oriundos de todo país, às vezes de ônibus, eles cruzam a capital, uma cidade profundamente democrata, onde as vitrines das lojas e dos prédios do centro foram protegidas por medo de tumultos.

Eles convergem para uma esplanada perto da Casa Branca, onde Donald Trump se pronunciaria. O presidente republicano avisa que será um dia "louco".

Por volta do meio-dia, Donald Trump chega ao palco e faz um discurso longo e virulento sob céu nublado.

"Nunca nos renderemos. Nunca cederemos", diz ele. "Jamais conseguiremos recuperar nosso país sendo fracos (...) Temos que ser fortes".

O bilionário republicano se dirige a seu vice-presidente, a quem pede que não apoie a vitória de Joe Biden na sessão extraordinária do Congresso que deve presidir.

"Eu sei que todos aqui logo marcharão para o Capitólio para fazer suas vozes serem ouvidas de uma forma pacífica e patriótica", acrescenta Trump.

Por volta das 13h, os legisladores das duas Câmaras iniciam o processo de certificação dos resultados da eleição presidencial.

Pouco antes do início da sessão, Mike Pence afirma em uma carta que não fará objeções, pois acredita que esse direito pertence aos representantes eleitos.

O líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell, apoiador de Donald Trump durante todo seu mandato, adverte, porém, sobre um risco "mortal" para a democracia.

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