INTERNACIONAL

Um pupilo, um ex-banqueiro e um indígena: os candidatos à presidência do Equador

O Equador vai eleger no domingo (7) seu presidente entre 16 candidatos, embora apenas três tenham chances de ir ao segundo turno

AFP
05/02/2021 às 09:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 20:26

O Equador vai eleger no domingo (7) seu presidente entre 16 candidatos, embora apenas três tenham chances de ir ao segundo turno. A esquerda é favorita com duas cartas: um pupilo do ex-presidente Rafael Correa e um indígena ambientalista, enquanto a direita aposta em um ex-banqueiro conservador.

Se as pesquisas forem confirmadas, entre os três estará o sucessor de Lenín Moreno, o impopular presidente que trocou de aliados após conquistar a presidência com o apoio de Correa em 2017.

Ele tem 35 anos e até recentemente se apresentava como um "perfeito desconhecido". Mas por trás de Andrés Arauz está a sombra de Rafael Correa. O ex-presidente depositou neste jovem economista as esperanças para reconquistar o poder para a esquerda radical e nacionalista.

Arauz presidiu o Banco Central e foi ministro do Conhecimento e Talento Humano durante o governo de Correa (2007-2017).

"Quem os saúda é um perfeito desconhecido que conhece e ama o Equador e que hoje está comprometido em tirar nosso povo da crise econômica e de saúde", escreveu no Twitter ao se apresentar como candidato à presidência.

Ele nasceu em Quito e é casado com Mariana Véliz, com quem tem um filho. Ele se define como patriota, democrata e progressista. Fiel ao credo do "correísmo", rotula Moreno de traidor.

Arauz fala inglês, francês e russo; toca piano e acordeão.

Seu companheiro de chapa era o próprio Correa, mas o ex-presidente foi desqualificado para disputar a vice-presidência por conta de pendências com a Justiça, que o condenou a oito anos de prisão por corrupção.

O jornalista Carlos Rabascall substituiu Correa como vice de Arauz na coalizão União pela Esperança (Unes).

Arauz prometeu abrir caminho para o retorno de Correa, considerado um "perseguido político". O ex-presidente está na Bélgica desde 2017 e de lá conseguiu evitar a Justiça equatoriana que, segundo ele, foi manipulada por Moreno.

Se o economista vencer as eleições, espera que, sob seu mandato, os juízes revejam os processos abertos contra Correa, embora ele próprio também possa conceder indulto.

Três vezes candidato (2013, 2017 e 2021) à presidência do Equador, o ex-banqueiro conservador Guillermo Lasso, de 65 anos, lidera a oposição ao "correísmo".

"Vamos virar a página do socialismo do século XXI (promovido por Correa) e entrar em uma fase de plena democracia, de liberdade", disse.

Em sua segunda tentativa, terminou atrás de Moreno por apenas dois pontos percentuais no segundo turno.

Lasso é o caçula de 11 irmãos em uma família de classe média e se tornou um importante banqueiro com apenas três semestres de Economia nas costas. Entre 1989 e 2012 foi vice-presidente, gerente e presidente do Banco de Guayaquil, um dos maiores privados do Equador.

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