INTERNACIONAL

Uma série de tropeços e críticas para a vacina da AstraZeneca

Desde sua elaboração, a vacina da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, criada por cientistas da universidade britânica de Oxford, acumula tropeços e críticas

AFP
15/03/2021 às 20:33.
Atualizado em 22/03/2022 às 08:58

Desde sua elaboração, a vacina da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, criada por cientistas da universidade britânica de Oxford, acumula tropeços e críticas.

Em 9 de setembro de 2020, foi anunciada uma "pausa" nos testes clínicos dessa vacina feita a partir de um adenovírus de chimpanzé, após o surgimento de uma doença inexplicada em um voluntário.

Após análise e verificação, os testes de fase 3, conduzidos em dezenas de milhares de voluntários no Reino Unido e no exterior, foram reiniciados dias depois.

Nos resultados intermediários, o laboratório anunciou em novembro que sua vacina era em média 70% eficaz, em comparação aos mais de 90% de eficácia obtida pelas da Pfizer-BioNTech e Moderna.

Mas sua eficácia foi de 90% nos voluntários que receberam metade da dose e, em seguida, uma dose completa um mês depois, e 62% naqueles que receberam as duas doses regulares.

Mas a meia dose foi um erro, causando críticas, preocupação e desconfiança, o que levou o laboratório a realizar um estudo complementar para verificar os resultados.

Aprovada em 30 de dezembro pela British Medicines Agency (MHRA), essa vacina mais barata, fácil de armazenar e transportar, começou a ser usada massivamente em janeiro no Reino Unido.

Porém, na União Europeia causou mais desconfiança: a eficácia da vacina em pessoas com mais de 65 anos foi questionada e vários países suspenderam temporariamente as aplicações nesses grupos de risco antes que novos estudos explicassem as incertezas.

Em estudo realizado na Inglaterra, a vacina apresentou uma proteção entre 60% e 73% perante as formas sintomáticas em pessoas acima dos 70 anos com dose única.

No continente europeu, os atrasos nos insumos das vacinas geraram fortes críticas quando a empresa forneceu ao Reino Unido as doses prometidas (100 milhões).

A empresa reconheceu em janeiro que poderia fornecer apenas um terço das 120 milhões de doses prometidas aos 27 estados membros da UE no primeiro trimestre.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, levantou a voz e ressaltou que a AstraZeneca forneceu "menos de 10%" das doses encomendadas entre dezembro e março. a UE criou um mecanismo europeu de controle das exportações de vacinas produzidas no bloco.

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