SAÚDE

Vacinação contra a pólio chega a 50%

Sem as escolas abertas por conta da Covid-19, vacinação ficou prejudicada

José Ricardo Ferreira
ricardo.ferreira@gazetadepiracicaba.com.br
17/12/2020 às 21:19.
Atualizado em 23/03/2022 às 23:44
Vacina é segura e protege contra a poliomielite, doença que não tem cura  (Del Rodrigues/Divulgação                       )

Vacina é segura e protege contra a poliomielite, doença que não tem cura (Del Rodrigues/Divulgação )

Um pouco mais da metade das crianças de 1 a 4 anos que deveriam ser vacinadas contra poliomielite recebeu a imunização em Piracicaba, segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). De acordo com a pasta, a cobertura total variou entre 49,17% (faixa etária de 3 anos) a 55,83% (um ano). As demais apresentaram os seguintes resultados: 2 anos: (54,66%) e 4 anos (50,28%). No geral, ocorreu uma imunização de 52,62% dentro de uma meta que era de 95% para crianças de 1 a 4 anos de idade. Mesmo com o término das campanhas, que ocorreu no dia 30/11/20 para pólio e multivacinação, as imunizações continuam disponíveis nas unidades de saúde, pois fazem parte do calendário vacinal de rotina das crianças e adolescentes, segundo a secretaria. Em números, de 7 de outubro a 2 de dezembro foram vacinadas 2,9 mil crianças (1 ano); 2,4 mil (2 anos); 2,1 mil (3 anos) e 2,2 mil (4 anos) totalizando 9,7 mil imunizados. Nas faixas de coberturas extras: de 5 a 14 anos foram vacinados 3,09 mil crianças e adolescentes e 3,7 mil com menos de 1 ano de idade. A realidade de Piracicaba não é diferente de boa parte do país e do estado. Para se ter uma ideia, menos da metade das crianças entre 0 e 5 anos de idade foram vacinadas no estado de São Paulo neste ano contra a paralisia infantil. Dos 2,2 milhões dessa faixa etária, somente 48% receberam a vacinação até a primeira quinzena de novembro, conforme dados da Secretaria de Estado. A poliomielite, conhecida popularmente como paralisia infantil, atinge normalmente crianças de até cinco anos de idade e pode causar lesões nas pernas, flacidez nos músculos e danos no sistema respiratório; podendo inclusive levar à morte. Oficialmente, o Brasil está livre da pólio desde 1990, mas precisa ter adesão à vacina para continuar assim. A poliomielite não tem cura, mas tem prevenção. O secretário municipal de Saúde, Pedro Mello, entende que o maior problema esse ano foi o fechamento das escolas por conta do novo coronavírus. Com autorização dos pais a vacinação em anos anteriores foi bem maior com a participação dos grupos escolares e creches abertos no horário de aulas. Esse ano se restringiu a unidades de saúde. “Nossas estratégias foram reduzidas. Dependemos da conscientização das famílias”. Infelizmente, disse ele, muitas informações incorretas e fake news prejudicaram a adesão ao combate à paralisia infantil. Existem postagem de grupos antivacina que dizem que a imunização causa autismo, informação totalmente refutada pelos agentes de saúde. “Quem não levou seu filho para vacinar corre o risco de ter um filho com paralisia infantil em casa”, disse. A SMS salientou que todas as unidade de saúde continuam vacinando. As USF’s funcionam das 7h às 17h (pata tomar a vacina é das 8h às 16h) e UBS’s e Crabs funcionam das 7h às 16h (vacinação das 8h às 15h).

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