Vazamento e grande desperdício de água

Fechado há cerca de nove meses, o Aquário Municipal, um dos principais pontos turísticos de Piracicaba, passa por obras e preocupa quem está acompanhando de perto todo o trabalho. Ontem, a Gazeta foi informada que há vazamento na laje, no porão do aquário e na lateral, conforme mostra vídeo enviado para a redação.

A primeira lona, utilizada para impermeabilização do contrapiso, apresentou vazamentos e foi remendada duas vezes. A Gazeta noticiou o fato na coluna Curto-Circuito em 18 de abril. A lona foi trocada, mas o problema continua. A preocupação é que todo esse transtorno possa colapsar a estrutura do Aquário.

Para se ter uma ideia, de acordo com informações, já foi perdido o correspondente a cerca de 15 caminhões de 18 mil litros de água tratada cada um, ou seja, 270 mil litros. "Foi para ao ralo", lamentou. Sem contar os gastos com horas-extras de funcionários, motorista, diesel, energia elétrica etc. 

A empresa responsável, que é de Araras, foi contratada sem licitação. O valor do contrato: R$ 28,700 mil. A lei 8666/93 dispensa o processo quando o valor fica abaixo de 30 mil reais. Mas, a Gazeta apurou que a lona colocada na obra é inferior ao que teria sido combinado na contratação dos serviços. Dois dos responsáveis pela obra teriam pedido a conta na semana passada.

Para agravar ainda mais a situação, um vazamento enorme de água surgiu, domingo, na fenda de um muro que fica ao lado do painel de mosaico construído pela artista Clemência Pizzigatti. A Gazeta esteve lá e conferiu: parecia uma bica. Segundo informações, a água seria proveniente de duas caixas que ficam no Aquário. "Quem vai pagar todo esse prejuízo?", perguntava uma pessoa que visitava o parque do Mirante ontem.

Questionado sobre o assunto, o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) informou que enviará resposta à redação da Gazeta hoje.