Educação

Violência nas escolas: Bebel defende gestão democrática

Presidente da Apeoesp também fala de uma maior participação da comunidade, principalmente dos pais

Da Redação
07/02/2023 às 06:30.
Atualizado em 07/02/2023 às 06:30
Professora Bebel defende ações para reduzir a violência das escolas (Divulgação)

Professora Bebel defende ações para reduzir a violência das escolas (Divulgação)

Em matéria levada ao ar na semana passada pela TV Record, no programa "Fala Brasil", a presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de Ensino no Estado de São Paulo), a deputada estadual Professora Bebel (PT) ressaltou que defende gestão democrática e uma maior participação da comunidade para reduzir a violência nas escolas, principalmente dos pais, inclusive com um maior número de reuniões para que se inteirem do que está acontecendo com o filho. Pesquisa realizada nacionalmente pela emissora revela que 61% dos entrevistados alegaram que falta segurança nas escolas. 

A pesquisa, realizada com exclusividade pelo "Fala Brasil", quis saber dos entrevistados se "considera a escola um ambiente seguro". Para 61%, não porque há muitas brigas e algumas são até "ponto de tráfico de drogas". Em função disso, 91% dos entrevistados defendem mais segurança nas escolas em todas as regiões do país, sendo que 85% querem mais policiamento, enquanto que a instalação de botão de pânico nas escolas tem apoio de 67% dos entrevistados. Porém, 88% dos entrevistados defenderam uma maior participação dos pais nas escolas. 

Para a Professora Bebel, é primordial esta participação das comunidades nas escolas. "A escola tem que estar aberta para os pais. A presença dos pais é necessária. É muito importante dividir com os pais e inclusive eles podem nos ajudar, se inteirando do dia a dia do que ocorre no estabelecimento escolar. Juntos, vamos construindo uma educação melhor e mais segura", diz a presidenta da Apeoesp, lembrando que educação é desafiadora.

Ela destaca que escola é um ambiente de aprendizagem, socialização, em que professores e alunos se interagem, descartando o policiamento na parte interna da escola, mas considerando importante a ronda escolar no entono do estabelecimento escolar, que vem diminuindo, provavelmente pela falta de policiais preparados para esta atividade.

"A escola precisa de apoios, buscar saídas, uma vez que educação é convencimento, consciência, é um desafio permanente. É necessário ensinar aos alunos aprender a viver em grupos e isso tem regras", ressalta Bebel, advertindo que algumas disciplinas contribuem para isso, como educação artística, educação física, que vão ajudando numa formação integral, mas que estão ou foram excluídas do currículo escolar. O professor mediador para faz o contato com os pais, com os alunos envolvidos em brigas ou com qualquer outro problema na escola é outra saída, para a presidenta da Apeoesp, advertindo que "educar é um desafio".

A deputada diz que não dá mais para pensar apenas a escola apenas em quatro paredes. Tem que ser uma escola mais convidativa, para ser mais inclusiva, e menos hostil. "Pais, alunos, professores, funcionários devem participar dessa gestão democrática, dando vida para as escolas". 

Para Bebel, a saída para a redução da violência nas escolas depende de diversas ações, como gestão democrática, equipe multidisciplinar, que acompanhe os principais casos de violência, assim como a contratação de funcionários sem rotatividade, ou seja, sem terceirização, e a formação continuada dos profissionais da educação, e abertura da escola para a comunidade.

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