INTERNACIONAL

When the world celebrated the dawn of a new decade with a blaze of firework parties and revelry on January 1, no one could have imagined what 2020 had in store.

Quando o mundo deu as boas-vindas à nova década em um momento de alegria e de fogos de artifício em 1o de janeiro, ninguém poderia imaginar o que estava reservado para 2020

AFP
15/12/2020 às 11:08.
Atualizado em 24/03/2022 às 04:26

Quando o mundo deu as boas-vindas à nova década em um momento de alegria e de fogos de artifício em 1o de janeiro, ninguém poderia imaginar o que estava reservado para 2020.

Nos últimos 12 meses, o novo coronavírus paralisou as economias, devastou comunidades e confinou quase quatro bilhões de pessoas em suas casas. Foi um ano que mudou o mundo, como nenhum outro em pelo menos uma geração, possivelmente desde a Segunda Guerra Mundial.

Mais de 1,6 milhão de pessoas morreram. Ao menos 72 milhões contraíram oficialmente o vírus, mas o número real é, sem dúvida, bastante superior. Muitas crianças ficaram órfãs, as famílias foram separadas, e a doença derrotou milhões de pessoas em idade avançada, que em muitos casos morreram de maneira solitária porque as visitas estavam proibidas pelo risco que representavam.

"Esta pandemia é uma experiência única na vida de todos os habitantes atuais da Terra", disse Sten Vermund, epidemiologista e decano da Faculdade de Saúde Pública de Yale. "Praticamente ninguém escapou".

A covid-19 não é, porém, a pandemia mais letal da história. A peste negra, no século XIV, matou 25% da população mundial, ao menos 50 milhões de pessoas morreram vítimas da gripe espanhola em 1918-19, e 33 milhões faleceram, devido ao vírus da aids.

Mas, para contrair o novo coronavírus, basta algo tão simples como respirar no lugar errado, no momento errado.

"Estive nas portas do inferno e voltei", disse Wan Chunhui, um sobrevivente chinês de 44 anos que passou 17 dias no hospital. "Vi com meus próprios olhos como outros não conseguiram superar e morreram, o que me impactou terrivelmente".

Ninguém poderia imaginar a dimensão do desastre quando, em 31 de dezembro, a China comunicou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre 27 casos de "uma pneumonia viral de origem desconhecida" que desconcertou os médicos na cidade de Wuhan.

No dia seguinte, as autoridades fecharam o mercado de animais de Wuhan inicialmente relacionado com o foco. Em 7 de janeiro, as autoridades chinesas anunciaram que haviam identificado o novo vírus, o qual recebeu o nome 2019-nCoV. Em 11 de janeiro, a China anunciou a primeira morte em Wuhan. Em poucos dias, foram registrados casos na Ásia, França e Estados Unidos.

No fim de janeiro, os países começaram a repatriar seus cidadãos que estavam na China. As fronteiras do mundo começaram a fechar, e mais de 50 milhões de pessoas que moravam na província de Hubei, que tem Wuhan como capital, foram colocadas em quarentena.

As imagens da AFP de um homem morto em plena rua, de máscara e com uma sacola de plástico na mão, transformaram-se na expressão do medo, embora as autoridades nunca tenham confirmado oficialmente a causa do óbito desta pessoa.

O mesmo aconteceu com o cruzeiro "Diamond Princess", ancorado na costa do Japão, no qual mais de 700 pessoas foram infectadas com vírus, e 13 morreram.

Enquanto o horror se tornava mundial, a corrida pela vacina teve início. Um pequeno laboratório de biotecnologia alemão, chamado BioNTech, interrompeu as pesquisas contra o câncer para começar outro projeto. Seu nome? "Velocidade da luz".

Em 11 de fevereiro, a OMS atribuiu à doença o nome covid-19. Quatro dias depois, a França confirmou a primeira morte fora da Ásia. A Europa observava horrorizada como o norte da Itália virava o epicentro do vírus no continente.

"É pior que a guerra", declarou Orlando Gualdi, prefeito da cidade de Vertova (Lombardia) em março, onde 36 pessoas morreram em 25 dias. "Era absurdo pensar que uma pandemia poderia acontecer em 2020".

A Itália decretou confinamento e foi seguida por Espanha, França e Reino Unido. A OMS declarou a covid-19 uma pandemia. As fronteiras dos Estados Unidos, fechadas para a China, também foram bloqueadas para a maioria dos países da Europa. Pela primeira vez em tempos de paz, os Jogos Olímpicos foram adiados.

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