Esta é a trajetória de Joshua Wong, Agnes Chow e Ivan Lam, três jovens ativistas pró-democracia de Hong Kong condenados a penas de prisão nesta quarta-feira (2) por seu papel nas multitudinárias manifestações de 2019 neste território semiautônomo
Esta é a trajetória de Joshua Wong, Agnes Chow e Ivan Lam, três jovens ativistas pró-democracia de Hong Kong condenados a penas de prisão nesta quarta-feira (2) por seu papel nas multitudinárias manifestações de 2019 neste território semiautônomo.
Condenado a 13 meses e meio de prisão. Sem dúvida, o mais famoso dos dissidentes de Hong Kong da nova geração, Joshua Wong, de 24 anos, tem sido o "pesadelo" de Pequim há uma década.
Ainda adolescente, lançou-se no ativismo político e, em 2012, obteve grande sucesso com uma campanha contra o plano de impor aulas de patriotismo chinês nas escolas. O governo se rendeu, após um protesto que reuniu 120.000 pessoas.
Em 2014, junto com outros líderes estudantis, desempenhou um papel importante na Revolução dos Guarda-Chuvas, incitando a multidão à desobediência civil para exigir reformas democráticas. Pequim não fez qualquer concessão.
No ano passado, quando começou a grande mobilização, esteve preso por sua participação nos protestos anteriores.
Uma vez solto, voltou ao movimento, personificando, para a opinião pública internacional, a resistência a Pequim na ex-colônia britânica.
A imagem de seu olhar determinado escondido atrás dos óculos estampou a primeira página de muitos jornais ao redor do mundo.
Foi eleito uma das pessoas mais influentes do mundo por publicações como "Time", "Fortune" e "Foreign Policy".
Durante as gigantescas manifestações de 2019 denunciando a interferência da China na região semiautônoma, ele se reuniu com representantes políticos europeus e americanos, apoiando a adoção de sanções contra Pequim.
Pouco antes da entrada em vigor da lei de segurança nacional imposta por Pequim, o Demosisto, o partido político que ele cofundou, foi dissolvido.
Condenada a 10 meses de prisão. Agnes Chow, de 23 anos, pertence à mesma geração de militantes pró-democracia que estão na política desde a adolescência e que Pequim quer silenciar.
Vinda de uma família católica e apolítica, entrou para o ativismo aos 15 anos, aderindo ao movimento que lutava contra a imposição de cursos de patriotismo chinês.
Como Wong, tornou-se uma figura importante na Revolução dos Guarda-Chuvas, para mais tarde cofundar o Demosisto.
Em 2018, foi a primeira a ser vetada pelo Executivo de Hong Kong para concorrer às eleições, argumentando que seu partido defendia a "autodeterminação".
Desde então, a proibição de candidatos por suas opiniões políticas se tornou comum na ex-colônia britânica.